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2. Mensagem cujo autor do 1º texto desconheço, mas pelo seu grau de interesse para a família de ex. combatentes em África em especial na Guiné, por razões óbvias, achei por bem de a dar a conhecer publicando neste espaço. Assim sendo peço desde já ao autor, que aceite as minhas desculpas. Sousa de Castro 
 Capitão Mar e Guerra, Guilherme Almor de Alpoim Calvão. | 
SO
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                                               1937-2014 | 
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O Comandante Guilherme Alpoim Calvão morreu esta
  terça-feira aos | 
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77 anos, noticiou a SIC Notícias. Estava internado no
  Hospital de | 
| 
Cascais. | 
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Alpoim Calvão foi o comandante da “Operação Mar Verde”
  na Guiné , | 
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em 1970, durante a Guerra do Ultramar, é um dos
  militares com | 
| 
mais condecorações das Forças Armadas, incluindo a
  Ordem Militar | 
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da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, duas
  Cruzes de | 
| 
Guerra e a do Comportamento Exemplar, entre outras. | 
| 
A “Operação Mar Verde” foi uma polémica operação na
  Guiné- | 
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Conacri. Teve lugar em Novembro de 1970 e destinava-se | 
| 
a resgatar prisioneiros de guerra portugueses,
  destruir armamento do | 
| 
PAIGC e eliminar o Presidente Sékou Touré. Foram
  salvos 26 | 
| 
prisioneiros, libertados presos políticos do regime,
  mas provocou 400 | 
| 
baixas do lado da Guiné. Os militares portugueses não
  conseguiram | 
| 
destruir todo o armamento, como os aviões MIG, nem
  encontrar | 
| 
Touré. | 
| 
Em entrevista ao semanário Sol, em 2012, Calvão conta
  que tinha | 
| 
uma carta de Spínola e autorização de Marcello Caetano
  para | 
| 
conduzir aquela operação, mas, que depois do “clamor”
  que provocou | 
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nas Nações Unidas, o Presidente do Conselho “não foi
  capaz de | 
| 
assumir as responsabilidades e reconhecer a operação”. | 
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No dia 24 de Abril de 1974, era comandante da Polícia
  Marítima. Fora | 
| 
avisado seis a sete semanas antes para participar na
  revolução, | 
| 
segundo relato do próprio, mas não o fez por causa do
  Ultramar. | 
| 
Depois da revolução, pediu licença ilimitada nas
  Forças Armadas. | 
| 
Participou nos preparativos da Maioria Silenciosa (28
  de Setembro de | 
| 
1974), no 11 de Março de 1975, foi expulso das Forças
  Armadas, | 
| 
fugiu a pé para Espanha e fundou o Movimento
  Democrático de | 
| 
Libertação de Portugal, com o então General António de
  Spínola. | 
| 
(MDLP). Posteriormente foi reintegrado e promovido a
  Capitão de Mar | 
| 
e Guerra. | 
| 
Do outro lado da barricada, o ex-secretário-geral do
  PCP, Álvaro | 
| 
Cunhal, referia-se a Alpoim Calvão como “o operacional
  n.º 1 da rede | 
| 
bombista” da contra-revolução. | 
| 
Natural de Chaves, viveu em Moçambique até aos 16
  anos, estudou | 
| 
na Escola Naval e combateu na guerra africana. Em
  1963, foi | 
| 
nomeado comandante do 8.º destacamento de fuzileiros
  especiais na | 
| 
Guiné. | 
| 
Depois do 25 de Abril, colaborou na luta pela
  liberdade em Portugal, | 
| 
restaurada no 25 de Novembro de 1975. Após regressar a
  Portugal, | 
| 
em 1978, foi administrador da Fábrica de Explosivos da
  Trafaria. Vivia | 
| 
atualmente entre Cascais e a Guiné, onde tinha uma
  fábrica de | 
| 
transformação de caju. Fundou na Guiné a Liga de
  Combatentes das | 
| 
Forças Armadas Especiais Portuguesas, na Guiné-Bissau. | 
| 
“Eles não têm consideração pelos revolucionários que
  outorgaram a | 
| 
independência e nunca mais lá puseram os pés. (…)
  Gostam de | 
| 
conhecer o comandante que invadiu a Guiné-Conacri”,
  contou ao Sol, | 
| 
sobre o seu relacionamento com a classe política
  dirigente na Guiné. | 
| 
Em 2010, o comandante do Corpo de Fuzileiros afirmava:
  “Acertámos | 
| 
contas com a justiça”, cuja celeridade “levou 41 anos”
  a ser feita com | 
| 
a imposição da Medalha de Comportamento Exemplar”,
  declarou na | 
| 
altura o contra-almirante Luís Picciochi, na cerimónia
  de atribuição da | 
| 
condecoração. | 
| 
A Marinha emitiu um comunicado, com o título
  “comandante Alpoim | 
| 
Calvão, fuzileiro sempre”, recordando que foi “o
  oficial mais | 
| 
condecorado da Marinha, foi dos poucos militares
  agraciados com a | 
| 
medalha da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,
  Lealdade e | 
| 
Mérito, com Palma, que atribuída por feitos em combate”. | 
| 
“O Comandante Alpoim Calvão distinguiu-se na Guerra do
  Ultramar, | 
| 
participando em diversas missões operacionais, tais
  como as | 
| 
Operações Trovão e Tridente, como Comandante do
  Destacamento de | 
| 
Fuzileiros Especiais n.º 8. Planeou e comandou a
  Operação Mar Verde | 
| 
que permitiu a libertação de 26 prisioneiros
  portugueses. Ficou desde | 
| 
sempre ligado à Guiné-Bissau”, lê-se na nota, que
  acrescenta que o | 
| 
Capitão de Mar e Guerra foi “um brilhante estratega e
  com elevadas | 
| 
qualidades militares provadas em campanha” e “uma referência | 
| 
para os fuzileiros, honrando a Marinha e as Forças
  Armadas | 
| 
Portuguesas”. | 
| 
O comunicado termina com palavras do escritor Miguel
  Torga: | 
| 
“Quando chegar a hora decisiva/Procurem-me nas dunas, | 
| 
dividido/Entre o mar e a terra”. | 
| 
O funeral realiza-se quinta-feira, dia 2 de Outubro,
  para o cemitério | 
| 
dos Olivais, após a missa de corpo presente no
  Mosteiro dos | 
| 
Jerónimos. O velório terá início quarta-feira, a
  partir das 17h. A missa | 
| 
está prevista para as 11h de quinta-feira, e o funeral
  sairá às 11h45 | 
| 
para o cemitério dos Olivais. | 
|  | 
| Comandante Alpoim Calvão - Fuzileiro sempre - Marinha - faleceu a 30SET2014 | 
Alpoim Calvão:
Homem de
guerra e português do Império
Jaime Nogueira Pinto
É difícil para os
que
vieram após a
Guerra e o Império compreender o ethos,
a vida e o sentido da
vida de homens
como Alpoim Calvão.
São, somos, de “outro país”, o que não significa não gostar deste.
Conheci Guilherme Alpoim Calvão no início dos anos 70,
quando ele,
no rescaldo do raid sobre Conacri,
a chamada operação Mar Verde, estava numa
semiclandestinidade burocrática
no Porto de Lisboa,
na Polícia Marítima, ou
coisa que o valha.
Quem mo apresentou foi o meu sogro,
Luís d’Avillez. Almoçámos numa
tasquinha do Parque Mayer, e Calvão desfiou-me a
história da
expedição a
Conacri, da preparação, das confusões, traições
e imprevistos dessa
madrugada de Novembro de 1970; mas também
do
sucesso – dos militares portugueses ali presos, que conseguira
libertar.
Era uma história em que viviam a imaginação e o atrevimento
operacionais e outras coisas
importantes e apaixonantes
para
um miúdo como eu, aficionado de romantismos imperiais
e de aventuras
de
“cães de guerra” que aqui se combinavam com the fog of
the
war e as
suas voltas e
azares.
Nascido em Chaves em Janeiro de 1937 e logo a seguir levado para
Moçambique, Calvão fizera
o Curso da
Escola
Naval
e frequentara
especialidades de Mergulho e
Combate na
Grã-Bretanha. Oficial
Fuzileiro, fizera várias comissões de serviço na Guiné,
nas quais se distinguira como combatente e
comandante e
que
lhe valeriam as mais altas condecorações nacionais, entre elas a
Torre e Espada.
Alpoim Calvão era, como Jaime Neves
e Heitor Almendra,
um militar
– homem de guerra,
com uma mistura
rara
de
inteligência
operacional, coragem física, iniciativa
e sobretudo um carisma
único
de
levar os
homens – os seus
homens,
o seu
pessoal –
para
onde quisesse, até às
portas e
labirintos do Inferno,
se
preciso fosse.
Depois da
revolução do 25 de Abril tentou, na medida
do
possível – medida que hoje sabemos que era
curta – salvar o que podia ser salvo do Império e
do
país. Calvão conhecia a maioria dos revolucionários do MFA, as
suas folhas de serviços
e capacidades
e por isso tinha-os
na devida
(não muito elevada) consideração.
Mas
não desistiu.
Foi por isso que conspirou e participou no 11 de Março, afinal uma maquinação e
provocação esquerdista,
para
antecipar e sabotar a reacção conservadora nas Forças Armadas. Depois do fracasso anunciado, escapou para Espanha.
Voltei a
encontrá-lo aí,
ele no MDLP, eu
mais ligado a
outro dos movimentos clandestinos
anticomunistas que então se organizavam.
Esses movimentos tiveram um papel importante na articulação da
resistência popular que,
respondendo à
violência com a violência,
equilibrou o balanço de forças em Portugal e
permitiu o 25 de
Novembro e
o Thermidor que se lhe seguiu.
Alpoim Calvão serviu-me de inspiração para uma
das
personagens de “Novembro”, em que, ficcionando e
imaginando, procurei contar uma
parte e uma
percepção –
a do outro lado, do “nosso” – desse tempo de exílios, lutas e
melancólicos
balanços da
História.
Regressado a
Portugal, Calvão reintegrou-se na
vida civil e normal do país pós-imperial.
Como era
um homem de acção e
com grande força de viver,
não se remeteu, como muitos outros,
a uma nostálgica e
passiva
contemplação mórbida
de passados
gloriosos,
amaldiçoando
sistematicamente o presente.
É difícil para as gerações que vieram depois da Guerra e do Império
compreender o ethos,
a vida e o sentido da
vida
de
homens como
Alpoim Calvão. São,
somos, de “outro país”,
o que não quer dizer que
não entendamos e que até possamos gostar deste.
Calvão não era
um “prisioneiro do passado”.
Aí há 10 anos,
em 2004, decidiu arrancar para
a Guiné-Bissau com uma empresa destinada a empregar os seus antigos
fuzileiros ou os
seus descendentes. Fê-lo com outro combatente de África, o Francisco Van Uden,
naquele espírito – também ás
vezes incompreensível para estranhos – de
que os
que
gostávamos de África,
não éramos necessariamente
colonialistas opressores: gostávamos daquelas pessoas e
daquelas terras. E continuámos
ou voltámos a gostar quando de “nossas”
passaram a
ser “deles”.
Voltando a esta história.
Quando soube dessa
decisão,
telefonei-lhe e
convidei-o para almoçar no Alecrim às
Flores. E não resisti a dizer-lhe:
“Comandante, eu
tenho muito respeito e admiração por si; mas
mesmo assim,
conhecendo-o há muitos anos, sabendo quem o
Senhor é
e o
que vale, acho extraordinário que na
sua
idade e com os seus problemas de saúde (ele tinha
uma insuficiência
renal), volte
agora para a Guiné,
para
Bolama!”.
A resposta
veio pronta:
“Sabe,
Jaime,
quando ando por aí e
vejo alguns dos meus amigos e
camaradas Almirantes
na reforma e lhes
pergunto o que estão a
fazer,
eles respondem-me:
“Olha,
estou
a fazer horas para
ir
buscar a minha
mulher ao Cabeleireiro”, ou
“para trazer os
netos
da Ginástica”…
E eu digo cá para mim:
ninguém me apanha nessa!”.
Não
apanharam.
| 
Por Helena Matos | 
| 
Na morte de Alpoim Calvão: Como é que | 
| 
os portugueses (não) souberam da Mar | 
| 
Verde? | 
| 
Uma operação que dava um filme. Uma incursão que
  acabou a ser discutida nas Nações | 
| 
Unidas. Um resgate de prisioneiros realizado com
  êxito. A história da Mar Verde | 
| 
confunde-se com a de Alpoim Calvão. | 
| 
Novembro de 1970. | 
| 
Sá Carneiro começa a publicar no “Diário Popular” uma
  coluna | 
| 
designada “Sétima página” onde chama a atenção para a
  próxima | 
| 
revisão da Constituição. Na avenida de Ceuta, em
  Lisboa, abre o | 
| 
primeiro hipermercado português. Gabriel Cardoso era
  eleito o Rei da | 
| 
Rádio. O Governo de Marcelo Caetano e o Episcopado da
  Metrópole | 
| 
enfrentam-se por causa da frequência da disciplina de
  Religião e | 
| 
Moral. | 
| 
O Sporting goleara o Boavista (8-0) e o Farense
  derrotou o Benfica | 
| 
(1-0). | 
| 
Claro que em matéria de notícias nada concorria com a
  descoberta do | 
| 
Esquartejador | 
| 
, um afinador de máquinas de costura, de aspecto | 
| 
sorridente e bonacheirão que, segundo os jornais, a
  mulher deixara | 
| 
“porque tinha defeito”, e a quem é imputada a autoria de vários | 
| 
homicídios unidos por denominador comum: cadáveres de
  homens | 
| 
cujo rosto fora mutilado. | 
| 
Politicamente havia a sobressair as bombas que a 20 de
  Novembro | 
| 
explodem frente ao edifício conhecido como Escola da
  PIDE em Sete- | 
| 
Rios, na Av. Duque de Loulé, junto ao Centro Cultural
  da Embaixada | 
| 
dos EUA e no Cais da Fundição, em Santa Apolónia onde
  estava | 
| 
atracado o paquete «Niassa». A ARA, organização
  terrorista criada | 
| 
pelo PCP, que entretanto reivindicara o atentado
  contra o navio | 
| 
«Cunene», é apresentada como a responsável por mais
  estes | 
| 
atentados mas não é ainda associada ao PCP pelas
  autoridades. Na | 
| 
conferência de imprensa que dá sobre estes atentados,
  Silva Pais, | 
| 
director da PIDE, declara que se está perante
  “actividades maoístas”. | 
| 
Mas algo mais se passava: na noite de 21 para 22 de
  Novembro, | 
| 
Alpoim Calvão, à frente de uma companhia de comandos
  africanos e | 
| 
de um destacamento de fuzileiros também na sua maioria
  africanos e | 
| 
de alguns membros da oposição a Sekou Touré,
  presidente da Guiné | 
| 
Conakry, desembarca em Conakri. Esta operação de nome
  “Mar | 
| 
Verde” tinha como objectivos: provocar um golpe de
  estado na Guiné | 
| 
Conakry; destruir as instalações do PAIGC em Conakri;
  capturar | 
| 
Amílcar Cabral e levá-lo para Bissau e libertar os 26
  militares | 
| 
portugueses que estavam detidos numa prisão de
  Conakry. Alguns | 
| 
como o sargento Lobato há mais de sete anos. | 
| 
As fugas de informação e a deficiente recolha de dados
  feita pela | 
| 
PIDE na preparação desta operação têm sido as
  explicações para que | 
| 
nem Amílcar Cabral nem outros altos quadros do PAIGC
  estivessem | 
| 
em Conakri e que os aviões MIG que Portugal tinha como
  objectivo | 
| 
crucial destruir também não estivessem no aeroporto.
  Vários serviços | 
| 
secretos estrangeiros deviam estar ao corrente da
  preparação desta | 
| 
operação pois foi à URSS que Portugal comprou, através
  da firma da | 
| 
família Zoio, as armas que usou nesta operação. | 
| 
Alpoim Galvão, que tinha até ao amanhecer para poder
  executar a | 
| 
operação, retira sem conseguir que Sekou Touré fosse
  derrubado. | 
| 
Abandonados à sua sorte ficaram os opositores de Sekou
  Touré – | 
| 
aqueles que tinham contado com o apoio português e
  aqueles que | 
| 
nunca tinham mantido qualquer contacto com Portugal ou
  sequer | 
| 
visto um português. Foram indistintamente chacinados
  nos dias | 
| 
seguintes. O próprio bispo de Conakry, Raymoond
  Tscidimbo, acabou | 
| 
preso, torturado e condenado a trabalhos forçados sob
  a acusação de | 
| 
golpismo. Enforcado numa árvore de Bissau foi também
  Januário | 
| 
Lopes, um tenente guineense dos comandos portugueses
  na Guiné | 
| 
que se entregou às forças de Conakry. Januário Lopes
  que tinha um | 
| 
irmão no PAIGC partiu contrariado para esta operação e
  uma vez em | 
| 
Conakry decide entregar-se às forças de Sekou Touré.
  Portugal | 
| 
desvincula-se da presença de Januário Lopes e dos
  homens que o | 
| 
acompanhavam em Conakry. Sekou Touré não os reconhece
  como | 
| 
desertores do exército português e potenciais
  apoiantes do PAIGC. | 
| 
São todos executados. | 
| Os militares portugueses libertos, durante a viagem de regresso a Bissau | 
| 
No que respeita à libertação dos presos a operação foi
  um completo | 
| 
sucesso e um sucesso que raramente forças armadas
  doutros países | 
| 
conseguiram em situações similares: os 26 militares
  portugueses que | 
| 
estavam detidos numa prisão de Conakry foram
  resgatados sãos e | 
| 
salvos. À excepção do grupo de Januário Lopes o
  exército português | 
| 
conta apenas uma baixa | 
| 
A 23 de Novembro começam a sair em Portugal notícias
  sobre a | 
| 
invasão da Guiné  Conakry “por mercenários”. São desmentidas pelo | 
| 
governo português e por Spínola quaisquer
  interferências de Portugal | 
| 
nesses acontecimentos. Nos dias seguintes Spínola
  desmente de novo | 
| 
a participação portuguesa na invasão de Conackry. | 
| 
A 29 de Novembro pequenas notícias dão conta que
  “conseguiram | 
| 
fugir da República da Guiné portugueses ali detidos”.
  E a 30 de | 
| 
Novembro no meio do grande destaque informativo sobre
  a | 
| 
aprovação do divórcio em Itália –  319 deputados votaram a favor, | 
| 
286 contra – fica a saber-se que já estão em Lisboa os
  portugueses | 
| 
que oficialmente tinham fugidos das prisões de
  Conackry. | 
| 
Entre eles há um nome que se destaca: António Lobato.
  Fora preso | 
| 
em 1963. Tinha então 25 anos. Pesava 73 quilos. Volta
  com 33 anos | 
| 
e 48 quilos. Sempre declarou não ter sido maltratado
  pelo PAIGC e | 
| 
sempre recusou assinar os papéis que o PAIGC lhe punha
  à frente | 
| 
com condenações ao exército português, assinatura essa
  que lhe | 
| 
garantiria imediatamente a sua libertação e colocação
  num país de | 
| 
Outros como Manuel Marques de Oliveira, Rafael Jorge
  Ferreira, | 
| 
Manuel Augusto Silva, António Rosa e José Vieira Lauro
  tinham sido | 
| 
dados como mortos. Os pais estavam de luto e nos
  jornais das suas | 
| 
terras saíra a notícia das respectivas mortes. | 
| 
Todos estes homens se comprometeram por escrito a não
  revelar as | 
| 
circunstâncias da sua libertação. | 
Vd post ref. Operação "MAR VERDE":Libertação dos prisioneiros em CONAKRY

 
 
3 comentários:
Meu Caro Camarada e Amigo
Parece haver (ou ter havido) uma qualquer confusão. É-me atribuida a génese deste trabalho. Na verdade, ele não é de minha auroria; apenas REPASSEI, como tantos outros que nos ligam pelos laços do bom Combate.
Estive, imediatamente após a Op Tridente, nos mesmos trilhos que ele pisou. Foram meses muito duros.
Do que possa ser dito da Personagem Alpoím Calvão, é sempre apoucada pelo valor e mérito do seu desempenho.
REPASSAR, não é o mesmo que "produzir".
Renovo os meus Pêsames á sua Família pessoal e não deixo de os manifestar á sua (nossa) Família de Veteranos Combatentes, com especial referência aos "nossos" FUSOS.
Abraços
Santos Oliveira
O que guardo do então 1º tenente comandante do 8º destacamento no teatro da guerra da Guiné e na operação Tridente, onde a C. caç 557 ficou imensamente grata pela instrução dada e o modo de actuar na guerra da guerrilha e na Guiné. óptimo estratega militar, não seria um oficial muito comunicativo para com os seus subordinados limitava-se a chamar de parte o comandante do 7º destacamento de fuzileiros Ribeiro Pacheco e o capitão Ares comandante da C. caç 557 e dar as directrizes, ordenar as actuações dos grupos de combate.
Fui despedir dele ao cemitério dos Olivais.
Esta Banda Desenhada está a venda no OLX: http://olx.pt/anuncio/banda-desenhada-operao-mar-verde-antnio-vassalo-de-miranda-IDykUrF.html#8f67af1a60
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