No
dia 05/12/2009, na Junta de Freguesia de Vila Fria, concelho de Viana
do Castelo, que patrocinou, a apresentação da terceira edição do livro “A Retirada de Guilege” do Coronel, Coutinho e Lima.
O
presidente de Junta, para além de agradecer a presença de várias
pessoas, enalteceu o facto, como sendo muito importante, de um
Vilafriense ter escolhido a sua terra Natal para apresentação do seu
livro.
O Coronel começou por dissecar e explicar a razão (com o auxilio de mapas),
que o levou a tomar a decisão estratégica de retirar de Guilege, foi
ovacionado pelos presentes, tendo respondido a várias questões e
dúvidas, levantadas por alguns assistentes.
Curiosamente
estiveram alguns ex. combatentes que passaram por Guilege e Gadamael,
nomeadamente um camarada que veio propositadamente de Lamego dar um
abraço ao seu comandante tendo afirmado que a retirada de Guilege, foi a melhor opção que podia ter tomado. Naquela altura a situação era insustentável.
Se assim não fosse poderiam perder-se muitas vidas humanas.
No final foi oferecido um verde de honra, aí, vários ex. combatentes trocaram ideias e reviveram os tempos idos da Guiné.
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Quem é o Cor. Art.ª Coutinho e Lima:
Alexandre da Costa Coutinho e Lima nasceu em Vila Fria
(Viana do Castelo), em 1935. Frequentou a Escola do Exército (hoje Academia Militar)
sendo Oficial da Arma de Artilharia desde 1957, com a especialização de
Observador Aéreo. Como Capitão, fez duas comissões de serviço na Guiné: de
JUL63 a AGO65, como comandante de Companhia Operacional, em Gadamael (primeira
tropa a ocupar esta localidade; de JUL68 a JUL70, como adjunto da Repartição de
Operações do Comando-chefe das Forças Armadas da Guiné, sendo Governador e
Comandante-Chefe o sr. General António de Spínola. Promovido a Major, iniciou a sua terceira comissão, de novo
na Guiné, em SET72. Em JAN73 foi nomeado, pelo Sr. General Spínola, Comandante
do COP 5 (Comando Operacional nº. 5, com sede em Guilege. Na sequência dos acontecimentos narrados neste livro, tomou
a decisão de retirar de Guilege, o que resultou, sob o ponto de vista pessoal,
na sua prisão preventiva durante um ano (menos 10 dias) e Auto de Corpo de
Delito, que poderia terminar no seu julgamento em Tribunal Militar. Como consequência do 25 de Abril de 1974, os “crimes”, que
supostamente tinha cometido, foram amnistiados pelo Dec. Lei nº. 19/74 da Junta
de Salvação Nacional; os autos foram arquivados, não tendo, por isso, sido
submetido a julgamento. Este livro constitui o esclarecimento objectivo e relata A
VERDADE DOS FACTOS, até agora em ingrato esquecimento.
Nota final:
Para quem estiver interessado neste interessante livro pode enviar e-mail para: Aqui
Sousa de Castro
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