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emissor/receptor "AN/GRC 9" |
Emissor/Receptor - AN/GRC-9
É um emissor/receptor que permite comunicações em fonia, grafia contínua (cw) e grafia modulado (mcw) com uma potência de saída de 7/15W.
- Tipo de emissor de amplitude modulada controlado por oscilador piloto ou por cristal.
Bandas de frequência: 2 a 12 Mc/s em 3 bandas.
Banda 1 - 6,6 a 12 Mc/s.
Banda 2 - 3,6 a 6,6 Mc/s.
Banda 3 - 2 a 3,6 Mc/s.
Pode-se utilizar três tipos de antena: Antena tubular Vertical constituída por 5 secções atarraxadas umas nas outras, constituindo um mastro de 4,75 m. com alcance médio de 30Km.
Chave de morse |
Antena filar Horizontal, constituída por duas secções separadas, por um fio de cobre nu de 32,78m de comprimento, e seccionada por meio de 8 isoladores de porcelana. Essas secções podem, ser postas em contacto por meio de ficha macho-fêmea. Tem um alcance médio de 60 Km. Deste modo a antena pode ser ajustada conforme as frequências pretendidas, abrindo ou fechando as fichas indicado numa tabela existente.
E por fim a antena "Dipolo" constituída por linha de 50 a 72 Ohms. Esta antena consegue um alcance médio de 100Km.
- Alimentação: Por baterias de 6, 12 ou 24 volts com a unidade de alimentação de vibrador PE-237 ou de conversor DY-88, ou por gerador manual GN-58.
Emissor/Receptor - TR-28 (Racal)
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"TR-28" (RACAL) |
É transistorizado, alimentado por bateria incorporada, projectado para funcionar em modulação de frequência.
O TR-28 é um emissor com pré-sintonia por cristal tendo normalmente 24 canais prèsintonizados. Pode ser adaptável a posto móvel ou fixo. Quando posto móvel o mesmo é transportado às costas (saco de lona) utilizando a antena vertical ou tipo secção. Quando posto fixo pode utilizar a antena dipolo, com um alcance que pode chegar aos 400 klms, a antena vertical com alcance médio de 30 kms e a antena de fita.
Tem uma potência de saída máxima de 25W. Gama de frequência: 1,6 a 8 MHZ.
Funciona em Fonia e Grafia.
Era este tipo de emissor usado pelos TRMS de Infantaria, em todas as actividades operacionais que as companhias teriam de desenvolver.
Emissor/Receptor - AVP-1 (Banana)
E/R AVP-1 |
É um equipamento VHF de 47/57 Mhz, com frequência modulada (FM) utilizado como micro-telefone de 300 mw de potência de saída, transistorizado com 6 canais.
O emissor/receptor AVP-1 utiliza na alimentação uma pilha recarregável PS-28-A.
Este era o emissor operado pelos comandantes de pelotões e que se utilizava sempre que necessário comunicar com os meios aéreos (Terra/Ar).
Por fim, apareceu em 1973, o "STORNO" de origem Sueca, um novo emissor/receptor VHF para ser usado como micro-telefone com uma qualidade muito boa. Dizia-se na época que vinha o substituir o velhinho "E/R AVP-1".
Sousa de Castro
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Sousa de Castro, operando no AN/GRC-9 em grafia, ABR72 - Xime, Guiné |
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Posto de rádio no Xime, 1972 |
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Mansambo, MAR1974 com TR-28 (Racal) |
10 comentários:
Amigo ex-combatente:
Boa tarde aqui desde a Póvoa de Varzim.
Exerci também serviço na Guné (Bissum Naga 1970-1972)na área de Transmissões, portanto este material é familiar para mim.
Vimos em dada altura o nosso posto de rádio em Bissum ser destruído por um incêndio, apenas conseguimos salvar um racal que provisoriamente foi o nosso único contacto com o exterior. Quanto a mim numa emboscada em Bissorã além de apanhar alguns estilhaços, vi a antena laminar do meu AVP1 (banana)ser traçada por um vindo de uma roquetada que acertou em cheio e vitimou na hora um camarada Africano que seguia à minha frente.Só quem por lá andou percebe aquilo que passamos
Um abraço
Quim
Eis a minha grande paixão! Se na tropa me tivessem dado esta especialidade hoje estaria na reserva como militar ligado às transmissões. Infelizmente fui para Atirador-Caçador. Os camaradas em Angola até ficavam com os cabelos em pé quando me viam aproximar do posto de transmissões. Mexia em tudo o que era rádio. Ainda hoje em dia sou radioamador.
Joaquim Pinheiro
há 22 minutos · Gosto
Foi com um AVP 1 que numa altura já sem outras comunicações e desorientados no mato há mais de seis dias, que graças a este gosto, sorrateiramente e porque o operador de rádio já não acreditava que eu chamando: Alô Pardal, Pardal, Pardal-Aqui Cobra Chama e Escuta, acabei por ouvir o Pardal (avionete DO, que nos procurava há dias): Cobra-Aqui Pardal transmita a sua posição. Escusado será dizer que os homens também choram...
Joaquim Pinheiro
há 8 minutos · Gosto
Obrigado camarigo,
Por acaso tive muita sorte em ter o curso de transmissões, como gostava daquilo que fazia!... o tempo assim passava mais depressa, o meu curso foi radiotelegrafista mas também trabalhei em fonia.
Um abraço,
Sousa de Castro
Estes Materiais e não só, recordaram-me os tempos em que os utilizei: fui chefe de posto do STM em piche (carrinha) nos primeiros meses de 70 o resto da comissão foi nos SSM em BISSAU. SSM (serviços secretos militares) envolvia entrar nas comunicações do PAIGC; empastelamento de emissores e gravações de todos os noticiários dos vizinhos: até sei da cobardia de um "senhor" no ataque a Conakri que é apresentado como um Herói enfim era a guerra
José Gouveia
Eu Ja nem me lembro a não ser pedalar tara transmitirmos.
Jose Ramos
Trabalhei durante oito meses como chefe de posto do STM sempre em grafia, o tipo de rádios não despertou a minha curiosidade; se não o ANGRC9 era parecido
mas gostei da msg não sei porque chega anónima???
Obrigado pelo artigo.
Apenas para referir que o TR-28 funciona em AM SSB (modulação em amplitude e banda lateral), enquanto os STORNO funcionavam em FM (modulação em frequencia).
Trabalhei na CONRAD em Moçambique e assisti ambas as marcas.
Obrigado.
Cumprimentos,
Jose Mesquita
Fui primeiro cabo Rádiotelegrafista de Morse do STM em Angola de 1966/68,chefiei a central rádio de Quibaxe,cidade da região dos Dembos a 150 km de Luanda…
A central rádio de Quibaxe usava o emissor/receptor ANGRC9 com o qual trabalhei sempre…
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