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terça-feira, 28 de julho de 2009

P-37 - Sol Condutor, Henrique M. Castro (CART. 3521) visitou a Guiné)



Mais ou menos a partir de 1990 comecei a ter saudades daquela terra e daquela gente !...


Henrique (2009)

Olá amigo.
Henrique (1972)
Resolvi escrever-te estas duas letras para te dizer muito obrigado pela rectificação da data do segundo encontro do BART 3873 e pela foto do mesmo e para falar um pouco da minha guerra.


Começo por te dizer que fui condutor, fazendo por isso muitas colunas ao Xime, Bambadinca, Canquelifá, Buruntuma, Galomaro, Pirada, etc.etc.


Mais ou menos a partir de 1990 comecei a ter saudades daquela terra e daquelas gentes (Fulas) que até aprendi um pouco da sua língua pelo menos os números sei-os todos. 


Em 19 de Março até 17 de Abril de 1995 fui lá passar férias, gastei muito dinheiro, mas valeu a pena, conheci terras que não conhecia mas infelizmente vi muita miséria. Vi por exemplo ensinar numa escola em Bambadinca a língua em crioulo em vez de ser em português que era a língua que predominava na Guiné, andei de táxi em plena capital juntamente com galinhas, cabritos e outros animais. Os táxis lá funcionavam como aqui as camionetas de passageiros, já não era a mesma Guiné que nós deixamos, via-se lixo amontoado por todo lado a inflação era galopante, um escudo quando lá cheguei valia 80 pesos e quando saí já valia 123. 

Quero também que saibas que a maior parte das pessoas preferiam viver colonizadas por Portugal do que independentes, pois garanto-te que a Guiné andou para trás seguramente 30 anos, desde74 a 95, que fará agora em vez de progredir, as casas foram envelhecendo caindo aos bocados cheguei a ver uma com uma grande arvore lá dentro na capital, enfim com muita pena nossa aquilo está a ficar quase tudo destruído, imagina que nem sequer se ouvia falar de droga e agora já está lá infiltrada e de que maneira.

Fui lá sozinho, andava de um lado para o outro com a máquina de filmar a tiracolo sem preocupação nenhuma mas uma vez no antigo quartel que estive em Safim queriam-me ver o filme e eu tive de fugir pois tinha já filmado o quartel da Amura em Bissau e o de Mansôa podia por isso ser considerado um espião e ter graves problemas, além de já ter filmado Safim, o quartel e as memórias da guerra que era o emblema da companhia a placa dos nossos mortos e uma parede com as seguintes letras (Cart 3521 os independentes).

Estou a pensar passar o filme de cassete para CD e depois arranjo-te um CD para ti. Para o ano vou lá novamente mas com a mulher ou em Março ou em Dezembro, para visitar Bolama, Bubaque, Guilege, Gadamael e mais algumas terras do arquipélago dos Bijagós.

Sem outro assunto de momento despeço-me com um forte abraço.

Castro da cart 3521.

Nota do editor SC: Tinha enviado um e-mail ao Henrique a rectificar a data do 1º. convívio em que participou. Foi o 2º. encontro do BART 3873 no ex. RAP 2 (Regimento de Artilharia Pesada 2) em Vila Nova de Gaia, no dia 09 de Junho de 1990 . Respondeu-me com o texto acima descrito. 
Convém referir que a CART 3521 viajou juntamente com o BART 3873, composto pelas companhias, CART 3492, CART 3493 e CART 3494, no N/M "NIASSA", partiu de Lisboa no dia 22 de Dezembro de 1971 tendo aportado em Bissau a 29 do mesmo mês. A CART 3521 foi colocada em PICHE até Agosto de 1972
O Henrique Castro foi Sol. condutor auto, vive actualmente em Famalicão.


Fotos do Henrique do blogue: http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/ com a devida vénia.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

P-36 AS FOTOS DO XXIV (13JUN2009) ENCONTRO EM VAGOS


Não há dúvida nenhuma quanto aos bons momentos passados, muita conversa em dia, muita alegria, o recontar estórias vividas na guerra Colonial ou do Ultramar, como quiserem!... O bazuqueiro, Ricardo Teixeira, que veio com sua esposa, propositadamente de França pela primeira vez, e outros que não me recordo agora dos nomes, mas um deles, juntamente com o Lúcio Damiano Monteiro da Silva, mais conhecido pelo nome "VIZELA" tem a responsabilidade para organizar em 2010, o XXV encontro/convívio. Bem hajam! o Óscar Almeida, o Licínio Pereira e o Anadia, que tudo fizeram para que nada faltasse.

























Ex. Furriel Dias, declamando um poema