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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

P432 - Para o colectivo da CART 3494; BOAS FESTAS QUE TENHAM UM ÓPTIMO NATAL E UM MELHOR ANO NOVO, COM MUITA SAÚDE. Jorge Araújo 22DEC2022

Mensagem De Jorge Araújo com date de: 23/12/2022

 Caro Camarada Sousa de Castro.

 Boa tarde.

Espero que estejas de óptima saúde, assim como todos os teus familiares mais próximos.

É com algum atraso, em relação ao que seria suposto, que te envio a minha MENSAGEM DE BOAS FESTAS para o colectivo da CART 3494, elaborada a partir duma viagem que fizemos à cidade de Al Ain, situada a cerca de 130 de Abu Dhabi.

Uma segunda parte será enviada oportunamente.

Que tenhas um Santo Natal e um melhor Ano Novo, com muita saúde, é o que mais desejo.

Um abraço,

Jorge Araújo.


GUINÉ

Jorge Alves Araújo, ex-Furriel Mil. Op. Esp./RANGER, CART 3494

(Xime-Mansambo, 1972/1974)


MEMÓRIAS CRUZADAS COM 50 ANOS DE INTERVALO:

UMAS EM TEMPO DE GUERRA, NO XIME (GUINÉ), EM 1972; OUTRAS EM TEMPO DE PAZ, EM AL AIN (ABU DHABI), EM 2022



PARTE I

1.   – INTRODUÇÃO

Em recente deslocação a Al Ain, uma cidade pertencente ao Emirado de Abu Dhabi, conhecida como a “Cidade Jardim”, e a quarta maior do território dos Emirados Árabes Unidos (EAU), depois do Dubai, Abu Dhabi (a capital) e Sharjah, encontrei na geografia local uma das razões (e a inspiração!) para a elaboração da presente narrativa, a partilhar no blogue da “família militar da CART 3494”, no âmbito da actual Quadra Natalícia, tendo por comparação as memórias registadas em 1972, na região do Xime, em contraponto com as actuais experiências vividas, em tempo de paz, em território da Península Arábica.

Foi neste contexto que surgiu o título acima, que identifica apenas o conteúdo desta Parte I, uma vez que a segunda, a elaborar proximamente, será do tipo “reportagem” do que foi um fim-de-semana passado em Al Ain, a cidade onde alguns acreditam ter nascido o Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan (1918.05.06-2004.11.02), fundador dos Emirados Árabes Unidos, em 02 de Dezembro de 1971… fez agora 51 anos.

Para melhor enquadramento do seu território convém referir que Al Ain é a maior cidade do interior dos Emirados, onde as suas principais rodovias, que ligam Al Ain, Abu Dhabi e Dubai (ver mapa acima), formam um triângulo geográfico no país, estando cada cidade a aproximadamente 130 quilómetros entre si.

No que concerne aos “Oásis” da cidade, visitas previstas no roteiro da viagem, uma placa


colocada numa das avenidas arborizadas conduziu-nos ao «Al Ain Oásis». Adjacente a este existia também o Museu Nacional de Al Ain e o Forte do Sultão Bin Zayed, que também visitámos.

Antes de mais, é relevante acrescentar que o «Al Ain Oásis» é Património Mundial da Unesco. Depois de concluída a implementação do seu projecto global, a autoridade de Turismo e Cultura de Abu Dhabi decidiu abrir o «Oásis» aos visitantes, organizando um roteiro da visita completo, de modo a ajudar a compreender melhor o significado e as muitas lições que daí se poderão tirar. Em cada passeio pelo «Oásis», o visitante logo se apercebe que um «Oásis» não é apenas um palmeiral (conjunto de palmeiras), mas também um ambiente desértico completo. Incorpora arquitectura, conhecimento interdisciplinar, comportamento social e práticas tradicionais, que são fundamentais para garantir a sua vida.

Este projecto é de baixo impacto ambiental pois permite que cada um aprenda, observe e interaja, respeitando a integridade cultural do mesmo.

Quanto a nós, e para além disso tudo, no final da visita os nossos olhos viram mais além… fazendo-nos recuar cinquenta anos (meio século) como são os exemplos abaixo.


2.   – FOTOGALERIA COM 50 ANOS DE INTERVALO

NO XIME (1972)





Foto 1 – “Oásis” do Xime, em contexto de guerra.




EM AL AIN (2022)




























































































































Foto 9 – Porta d’Armas do Aquartelamento do Xime.






























































BOAS FESTAS

QUE TENHAM UM ÓPTIMO NATAL E UM MELHOR ANO NOVO,

COM MUITA SAÚDE.

 

Jorge Araújo

22DEZ2022


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

P431 [In Memoriam] Cor Artª. Coutinho e Lima,autor do livro a "RETIRADA DE GUILEGE" (...) ESTAMOS CERCADOS POR TODOS OS LADOS) deixou a vida terrena no passado dia 19/12/2022 com 87 anos de idade

 Transcrevo com a devida vénia mensagem enviada pela sua esposa: Maria Isabel Lima ao editor do blogue "Luis Graça & camaradas da Guiné"

Sr. Professor: eu sou a M. lsabel Coutinho e Lima. Quero comunicar-lhe, que meu marido, depois de algum sofrimento desde o dia 25 de Setembro de 2022, faleceu hoje (19/12/2022), cerca das 18 horas

As cerimónias religiosas do meu marido decorrerão na próxima quinta-feira, dia 22. Da parte da tarde haverá uma missa de corpo presente pelas 17h00 na Capela da Academia Militar, em Lisboa, na Rua Gomes Freire.

Na sexta-feira, 23,  o corpo seguirá para Vila Fria, Viana do Castelo, onde será rezada uma outra missa pelas 16h00 e o funeral será logo a seguir.

Muito obrigada
Maria Isabel Lima



Quem foi o Cor. Art.ª Ref. Coutinho e Lima:

Alexandre da Costa Coutinho e Lima nasceu em Vila Fria (Viana do Castelo), em 1935. Frequentou a Escola do Exército (hoje Academia Militar) sendo Oficial da Arma de Artilharia desde 1957, com a especialização de Observador Aéreo. Como Capitão, fez duas comissões de serviço na Guiné: de JUL63 a AGO65, como comandante de Companhia Operacional, em Gadamael (primeira tropa a ocupar esta localidade; de JUL68 a JUL70, como adjunto da Repartição de Operações do Comando-chefe das Forças Armadas da Guiné, sendo Governador e Comandante-Chefe o sr. General António de Spínola. Promovido a Major, iniciou a sua terceira comissão, de novo na Guiné, em SET72. Em JAN73 foi nomeado, pelo Sr. General Spínola, Comandante do COP 5 (Comando Operacional nº. 5, com sede em Guilege. Na sequência dos acontecimentos narrados neste livro, tomou a decisão de retirar de Guilege, o que resultou, sob o ponto de vista pessoal, na sua prisão preventiva durante um ano (menos 10 dias) e Auto de Corpo de Delito, que poderia terminar no seu julgamento em Tribunal Militar. Como consequência do 25 de Abril de 1974, os “crimes”, que supostamente tinha cometido, foram amnistiados pelo Dec. Lei nº. 19/74 da Junta de Salvação Nacional; os autos foram arquivados, não tendo, por isso, sido submetido a julgamento. Este livro constitui o esclarecimento objectivo e relata A VERDADE DOS FACTOS, até agora em ingrato esquecimento.

Aos seu familiares e amigos apresentamos as mais sentidas condolências.

Transcição aquando da apresentaçao do seu livro na sua terra Natal 


No dia 05/12/2009, na Junta de Freguesia de Vila Fria, concelho de Viana do Castelo, que patrocinou, a apresentação da terceira edição do livro “A Retirada de Guilege” do Coronel, Coutinho e Lima.
O presidente de Junta, para além de agradecer a presença de várias pessoas, enalteceu o facto, como sendo muito importante, de um Vilafriense ter escolhido a sua terra Natal para apresentação do seu livro.
O Coronel começou por dissecar e explicar a razão (com o auxilio de mapas), que o levou a tomar a decisão estratégica de retirar de Guilege, foi ovacionado pelos presentes, tendo respondido a várias questões e dúvidas, levantadas por alguns assistentes.
Curiosamente estiveram alguns ex. combatentes que passaram por Guilege e Gadamael, nomeadamente um camarada que veio propositadamente de Lamego dar um abraço ao seu comandante tendo afirmado que a retirada de Guilege, foi a melhor opção que podia ter tomado.  Naquela altura a situação era insustentável.  Se assim não fosse poderiam perder-se muitas vidas humanas.  No final foi oferecido um verde de honra, aí, vários ex. combatentes trocaram ideias e reviveram os tempos idos da Guiné.
Nota final: 

Para quem estiver interessado neste interessante livro pode enviar e-mail para: Aqui

Sousa de Castro

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

P430 - FESTAS NATALÍCIAS 2022, 36º CONVÍVIO EM SANTA CATARINA - VAGOS, (Org. Óscar Almeida) NO DIA 10 DE JUNHO 2023

BOAS FESTAS NATALÍCIAS



A. Sousa de Castro
Votos de muita saúde, alegria e felicidade para todos os 
antigos combatentes e suas famílias em especial para a nossa CART 3494/BART 3873 que durante 27 meses e alguns dias calcorreou as matas do XIME, ENXALÉ, MANSAMBO etc. com algumas infelicidades que aconteceram, nomeadamente a morte em combate do Furriel Manuel da Rocha Bento, no dia 22 de Abril de 1972, o trágico acidente no rio Geba ocorrido no dia 10 de Agosto de 1972 onde desapareceram estupidamente o Sol. Abraão Moreira Rosa, Sol. Manuel Salgado Antunes e o Sol. José Maria da Silva e Sousa a quem prestamos a nossa homenagem sem esquecer os feridos em combate, alguns com muita gravidade.
Sabemos também que para além destes, deixaram a vida terrena 32 camaradas
Oscar Almeida

por variados motivos, conforme podes constatar na lateral do blogue, se calhar são mais!...

É com muita satisfação e motivado para que se Deus quiser, participar em mais um convívio que o nosso camarada d'armas Manuel Óscar de Almeida está a preparar, bem sabemos que já não temos a mesma pujança de outros tempos, mas a motivação está lá, meus amigos ao nosso tradicional encontro/convívio não podemos faltar. Bora lá colaborar com o nosso camarada.

Sousa de Castro (ex. 1º cabo radiotelegrafista)

14/12/2022


Foto de família no 35º convívio em Montemor-O-Velho 11/06/2022 (não estão todos os participantes)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

P429 - A MINHA JORNADA EM ÁFRICA - HOSPITAL MILITAR DE BISSAU [António Reis]

A MINHA JORNADA EM ÁFRICA

A todos os netos, a verdade que eu vi!

2ª Edição: Outubro de 2018
Design de Helena Nunes
PALAVRAS & RIMAS, LDA
E-mail: geral@ponto-m.com
www.ponto-m.com

Com prefácio de: Mendes Paulo, Major de Cavalaria

Encontra-se à venda aqui: https://www.ligacombatentes.org/produto/a-minha-jornada-em-africa-a-todos-os-netos-a-verdade-que-eu-vi/


Sobre o António Reis.


Interessante apontamento de Rui Alexandrino Ferreira, [ex. Alf. Milº Infª, hoje, Coronel na reforma, com duas comissões na Guiné: CCAÇ 1420, Fulacunda, 1965/67, e  CCAÇ 18, Aldeia Formosa, 1970/72).

Publicado no blogue da "Tabanca Grande" na Terça Feira, dia 05 de Janeiro de 2010 com o assunto: "VAMOS FALAR DO ANTÓNIO REIS" Cliquem no link. Interessante mesmo!...

  

(Foto actual e da época 1966/68) 

António Reis, ex.1º cabo Aux. Enf. Hospital Militar 241 Bissau

   «A minha Jornada em África» é um livro que nos faz penetrar profundamente na Guerra Colonial. Dos sofrimentos vividos nos hospitais militares à dor das mães, esposas e irmãs que viram os seus homens partir por uma causa com a qual não se identificavam.
Impressionante no seu realismo, inesquecível nas suas descrições do longo pesadelo que foi a guerra. É um olhar de hoje para hoje, como julgamento de ontem, é uma crítica à consciência dos homens. Um livro comovente até às lágrimas.
     
Monumento erigido em Avintes em homenagem aos combatentes do Ultramar, inaugurado no dia 14SET2013

   António Ramalho da Silva Reis, nasceu em Avintes a 02 de fevereiro de 1944.
Com 20 anos foi chamado a cumprir serviço militar, assentou praça no RI-7 (regimento de infantaria nº. 7) em Leiria a 04 de agosto de 1965, depois da recruta ingressa no serviço de saúde em Coimbra, onde hoje é o Quartel General da 2ª Região Militar.
Mobilizado para servir na Guiné como 1º cabo auxiliar de enfermeiro, sendo colocado no Hospital Militar 241 em Bissau.
Embarcou a 13 de março de 1966 num barco de carga chamado “Rita Maria” e regressou a 20 de março de 1968.
Nas primeiras páginas faz-nos recordar a vivência daqueles que nada tinham, eram obrigados a se tornarem homens ainda criança, calcorrear as ruas descalços, andar a pé muitos quilómetros para ganharem alguns escudos para ajudar a família. Por outro lado, conta-nos de forma simples e sucinta o que na realidade se passava no Hospital Militar, os mortos e feridos que entravam a toda a hora. É a realidade de quem passou 24 meses naquela unidade de saúde.
Leitura agradável de seguir.

A.   
Sousa de Castro
Dezembro, 2022