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sábado, 27 de julho de 2013

P186 - GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974, GUERRA LEGÍTIMA COM VITÓRIA TRAÍDA




Mensagem de Afonso Sousa que esteve na Guiné nos anos  1968/70, como Fur. Milº TRMS na CART 2412 Integrante no COP 3, Binta e Guidage.

GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974, GUERRA LEGÍTIMA COM VITÓRIA TRAÍDA E COM MUITA VERMELHIDÃO PELO MEIO.

 
UM ARTIGO; PARA ALGUNS, POLITICAMENTE INCORRECTO,  MAS CHEIO DE VERDADE. 
Não é o primeiro autor “não português” (com livros de autêntica investigação histórica em arquivos nacionais e estrangeiros) que atesta, documentalmente e por escrito, a sua enorme admiração pelo esforço do pequeno e pobre Portugal nos vastos e longínquos territórios do seu ímpar império marítimo.

Glória aos ex- Combatentes !!! Aos meus "Companheiros de Luta" cordiais saudações...

GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974

Jonathan Llewellyn

Espero que perdoem a um estrangeiro intrometer-se neste grupo, mas é preciso que alguém diga certas verdades.
A insurgência nos territórios ultramarinos portugueses não tinha nada a ver com movimentos nacionalistas. Primeiro, porque não havia (como ainda não há) uma nação angolana, uma nação moçambicana ou uma nação guineense, mas sim diversos povos dentro do mesmo território. E depois, porque os movimentos de guerrilha foram criados e financiados por outros países e que se justificavam dizendo-se, artificiosamente, defensores dos interesses emancipalistas dessa pluralidade de povos.

ANGOLA – A UPA, e depois a FNLA, de Holden Roberto foram criadas pelos americanos e financiadas (directamente) pela bem conhecida Fundação Ford e (indirectamente) pela CIA.
O MPLA era um movimento de inspiração soviética, sem implantação tribal, e financiado pela URSS. Agostinho Neto, que começou a ser trabalhado pelos americanos. só depois se virando para a URSS, tinha tais problemas de alcoolismo que já não era de confiança e acabou por morrer num pós-operatório. Foi substituído pelo José Eduardo dos Santos, treinado, financiado e educado pelos soviéticos.
A UNITA começou por ser financiada pela China, mas, como estava mais interessada em lutar contra o MPLA e a FNLA, acabou por ser tolerada e financiada pela África do Sul. Jonas Savimbi era um pragmático que chegou até a um acordo com os portugueses.

MOÇAMBIQUE - A Frelimo foi criada por conta da CIA. O controleiro do Eduardo Mondlane era a própria mulher, Janet, uma americana branca que casou com ele por determinação superior. Mondlane foi assassinado por não dar garantias de fiabilidade, e substituído pelo Samora Machel, que concordou em seguir uma linha marxista semelhante à da vizinha Tanzânia. Quando Portugal abandonou Moçambique, a Frelimo estava em tal estado que só conseguiu aguentar-se com conselheiros do bloco de leste e tropas tanzanianas.

GUINÉ –- O PAIGC formou-se à volta do Amílcar Cabral, um engenheiro agrónomo vagamente comunista que teve logo o apoio do bloco soviético. Era um movimento tão artificial que dependia de quadros maioritariamente cabo-verdianos para se aguentar (e em Cabo Verde não houve guerrilha). Expandiu-se sobretudo devido ao apoio da vizinha Guiné-Konakry e do seu ditador Sékou Touré, cujo sonho era eventualmente absorver a Guiné portuguesa.

Em resumo, territórios portugueses foram atacados por forças de guerrilha treinadas, financiadas e armadas por países estrangeiros. Segundo o Direito Internacional, Portugal estava a conduzir uma guerra legítima. E ter combatido em três frentes simultâneas durante 13 anos, estando próximo da vitória em Angola e Moçambique e com a situação controlada na Guiné, é um feito que, militarmente falando, é único na História contemporânea.
Então porque é que os portugueses parecem ter vergonha de se orgulharem do que conseguiram?

Publicado a 01 de Junho 2013 por Jonathan Llewellyn em "Publicações recentes de outras pessoas".


segunda-feira, 22 de julho de 2013

P185 - NÃO TENHO 200.000 FRANCOS CFA (CERCA DE 300€) PARA A OPERAÇÃO!


Caríssimos amigos,
No Facebook vi esta msg com data de 20JUL2013 do nosso amigo Luís Carvalhido da Ponte, que regressou de mais uma visita à Guiné mais precisamente da região do CACHEU.
Convém lembrar que o Carvalhido da Ponte foi Furriel Enfermeiro na CART 3494 e também professor das crianças no Xime em 1972/74, é presidente da organização que deu origem à geminação de Viana do Castelo com a Vila de Cacheu, tendo aqui, ao longo de vários anos desenvolvido acção humanitária, nomeadamente a criação da maternidade existente para apoio à mulher Guineense.


Assim, para quem puder participar na ajuda à Mary, pode faze-lo da seguinte forma:

1º Transferir o que muito bem entenderdes para a conta da ACGB Nib: 0036 0056 9910 0155 9387 9
2º Logo-logo enviais para o endereço eletrónico acgb.geral@gmail.com uma mensagem identificando a transferência
SC


Cheguei ontem de Cacheu. Estava abafado o tempo. Eu vim também de semblante pesado.

Em 2000 conheci a Mary. Tinha 33 anos e 7 filhos. Publiquei alguns poemas sobre esta jovem da etnia Felupe, no meu penúltimo livro (Ora di djunta mon tchiga). Cinco anos depois, tinha 38 anos e 11 filhos. E continuava bonita ainda que um pouco desfolhada por tanta florescência. Dançava como eu nunca vira ninguém dançar. A batida ritmada dos pés descalços sobra a terra poeirenta, as contorções do corpo em rituais de sedução e a alegria dos movimentos eram tais que até as árvores pareciam ternurar-se para além das nuvens, nos ares de Fernão Capelo Gaivota, onde os sonhos se constroem.
Mais tarde, uma associação de mulheres nomeou-a sua Presidente e o seu país enviou-a até Espanha para aprender coisas necessárias ao seu mister. Via-a, em março deste ano, alegre e já um pouco europeizada. Entristeci-me um pouquito pois preferia que estivesse um pouco mais culta mas sempre africana. E talvez estivesse. Eu é que não contava com uma Mary diferente. Agora estava doente há uns dias. Doía-lhe o corpo. Doía-lhe a barriga. Levei-a a Canchungo, ao meu amigo médico Dr Koumba Iala Bispo. Que a atendeu de imediato. Que a assustou. Tem cancro do ovário e necessita de intervenção urgente. Os 9 filhos vivos e os netos também. Zé Luis! Como? Não tenho 200.000Francos CFa (cerca de 300€) para a operação, o internamento e os medicamentos. E mudou a conversa e perguntou-me pela Lai. E partiu e uma lágrima caiu, solitária, no chão contrito do alpendre do Centro de Recursos. E prometi-me contar a história. Quem sabe? Cinco euros daqui, 10 dali... Quem sabe?!
Um abraço.
 
Cavalhido da Ponte com a Mary

segunda-feira, 8 de julho de 2013

P184 - (Convívios) MEMÓRIAS DO XXIII ENCONTRO DA CART 3494 EM ALMADA (COSTA DA CAPARICA) 07 DE JUNHO DE 2008 (Jorge Araújo)

Factos e imagens do XXIII Encontro da CART 3494 (2008)
Segunda-feira, 8 de Julho de 2013
16:54

Assunto
Factos e imagens do XXIII Encontro da CART 3494 (2008)
De
Para
Sousa de Castro
Enviado
segunda-feira, 8 de Julho de 2013 14:32
Anexos
V - Encontro de 2008 (XXIII).docx

Caríssimo Camarada Sousa de Castro,

Os meus melhores cumprimentos.

Anexo mais uma pequena história para o nosso blogue de memórias.

Para além do valor intrínseco que ela encerra, pretendo com esta narrativa específica relacionada com os nossos Encontros Anuais (almoço/convívio) já instituídos, homenagear os pioneiros da ideia de juntar, pelo menos uma vez em cada ano, toda a família de ex-combatentes da CART 3494.
Segundo julgo saber, tudo começou em Junho de 1986 por iniciativa de um quarteto constituído por: João Machado (cozinheiro), Júlio Peixoto (condutor), Alcides Castro (cantineiro) e Lúcio Monteiro (1.º cabo atirador). 

O 1.º almoço/convívio, decorreu passado 12 anos após a nossa chegada, que contou com uma reduzida participação, no Restaurante "O Frangueiro", em Aver-o-Mar - Póvoa de Varzim, pertença do João Machado, no dia 14 de Junho de 1986.

Os pioneiros:



João Machado
Júlio Peixoto
Lúcio Monteiro
Alcídes Castro


 Nos dois anos seguintes (1987 e 1988), também no mesmo mês e local, e sob a responsabilidade do sobredito quarteto, o evento foi repetido.

A partir desta informação, seria interessante reconstituir-se o quadro completo dos nossos Encontros, fazendo chegar as datas, os locais e organizadores de cada edição.

Aguardo notícias.

Um forte abraço para todos os Fantasmas do Xime.

Jorge Araújo.

Julho/2013.

GUINÉ
Jorge Alves Araújo, ex-Furriel Mil. Op. Esp./RANGER, CART 3494
(Xime-Mansambo, 1972/1974)
MEMÓRIAS DO XXIII ENCONTRO DA CART 3494
07 DE JUNHO DE 2008

- Factos e Imagens para perpetuar -

Com cinco anos de atraso, mas como diz o provérbio que se utiliza nestas ocasiões “mais vale tarde do que nunca” ou “antes tarde do que nunca”, eis que tomei a iniciativa de vos dar conta, para que conste no nosso baú de memórias, do processo relacionado com a organização do XXIII ENCONTRO/CONVÍVIO DA COMPANHIA DE ARTILHARIA 3494, realizado em Almada (Costa da Caparica), no dia 07.Jun.2008, divulgando factos e imagens originais visando a sua perpetuação.




IA DECISÃO DE ORGANIZAR O ENCONTRO 

Quando em 09.Jun.2007, no Restaurante Grelha, em Telões (Amarante), os camaradas da CART 3494, Companhia também conhecida por «Fantasmas do Xime», acompanhados pelos seus familiares (esposas, filhos, noras, genros e netos) participavam em fraterna e sã camaradagem no já tradicional Convívio anual (o XXII), este organizado pelo camarada ex-Furriel Mendes Pinto, surgiu o convite/proposta para assumir um novo desafio: o de organizar o Encontro do ano seguinte, tendo a resposta saído pronta e afirmativa.
IIO PRIMEIRO CONTACTO – NATAL DE 2007
Em função do que se tornou habitual, a comissão organizadora (se for mais de um elemento) ou o organizador (quando se trata de um só elemento) assume a responsabilidade de enviar votos de BOAS FESTAS, na quadra natalícia, a todos os seus pares recenseados na lista actualizada da Companhia.

No nosso caso, e com esse propósito, elaborámos um cartão alusivo com o seguinte teor:
Antes de mais, recebam os meus melhores cumprimentos.
Mantendo a tradição de juntar anualmente todos aqueles que, num período importante das nossas vidas e num contexto adverso, soubemos construir laços de amizade e de solidariedade que certamente nos acompanharão ao longo dos anos.

Com efeito, e por decisão tomada no decorrer do último convívio realizado em Amarante, fui de novo indigitado para organizar o Encontro de 2008, o que farei com todo o prazer. Este terá lugar a sul do rio Tejo, em data a indicar oportunamente.
Agora, porque estamos na época festiva de forte componente familiar, aproveito esta oportunidade para vos desejar um BOM NATAL e que o próximo ano seja, de facto, um BOM ANO.
Felicidades para vós e restantes familiares, particularmente (agora) para os netos.
Um grande abraço. 
J.A. 

IIIPROJECTO EDITORIAL - COLECTIVO 
Aproveitando este contacto de Natal, passei a escrito a ideia avançada durante o convívio anterior, ainda que de forma informal e superficial, visando a elaboração de um livro colectivo da CART 3494, explicando então, com maior detalhe, a sua metodologia e objectivos gerais, a saber:
Caros amigos;
No último encontro realizado em Amarante, e após ter sido indigitado para realizar o Convívio de 2008, lancei a ideia de editar um livro denominado:

«Memórias dos Fantasmas do Xime»
– CART 3494 –
Guiné: 1971/74


Este projecto editorial seria organizado nos seguintes termos:


1.    – Cada um de vós escreveria um texto de uma página A4 (mínimo) sobre o tema.

 
2.    – No início de cada texto, identificar-se-ia o seu autor com uma foto tipo passe, ou uma foto relacionada com a história (memória) contada.

 
3.    – Escrito o texto, este seria remetido por correio ou enviado por e-mail, para o meu endereço, até ao princípio do mês de Março p.f., a fim de poder organizar a sua publicação, de modo a ser distribuída durante o almoço/2008.
O que acham deste projecto?
Dêem notícias e/ou sugestões para o meu endereço electrónico.

Obrigado!
IVO XXIII ENCONTRO/CONVÍVIO DA CART 3494 – 07.JUN.2008 

Respeitando a tradição, o Convívio de 2008 foi agendado para o primeiro sábado de Junho, ou seja, dia 07. Como local da sua realização foi seleccionado o Complexo Turístico do Hotel Orion, sito em Fernão Ferro (Quinta das Laranjeiras), na Estrada 378, Km 19, Seixal/Sesimbra, com quem tratámos pessoalmente, e em tempo útil, todos os pormenores relacionados com o evento, dando lugar à troca de correspondência em 14.Fev.08 e 09.Abr.08.
Porém, um mês depois do acordado entre as duas partes, a administração do Hotel Orion decidiu renunciar o contrato de forma unilateral, afirmando já não estar interessada em prestar este serviço de restauração aos ex-militares, por razões económicas.
Perante esta decisão estranha e inqualificável fomos forçados, naturalmente, a mudar de rumo, recaindo a alternativa no Hotel Costa da Caparica, local já conhecido da maioria dos camaradas, por aí termos realizado o nosso primeiro Convívio, em 1998.
Esta alteração de última hora, de que fomos totalmente alheios e que nos deixou incrédulos, obrigou-nos a elaborar um comunicado, enviado a todo o colectivo, e com conhecimento à proprietária do Hotel Orion, com o seguinte conteúdo:
- Comunicado:
De vez em quando (mais vezes do que seria espectável) somos confrontados com situações que nos suscitam muitas interrogações: - afinal onde estão os valores éticos e morais da actual sociedade?
E o presente exemplo prende-se com o processo relacionado com a realização do nosso almoço-convívio anual.
Como sabeis, o mesmo estava acordado realizar no Hotel Orion. Contudo, ontem, fomos confrontados pelo telefone na pessoa da sua proprietária que nos disse que a marcação do mesmo ficara sem efeito, em virtude de ter aceitado uma outra proposta mais favorável economicamente por parte de outro grupo.
Depois de ter estabelecido com ela uma acesa discussão, fazendo apelo aos compromissos já assumidos connosco e de a ter ameaçado com um processo judicial (certamente muito moroso), esta reafirmou que a decisão estava tomada.
No sentido de resolver esta situação nada agradável para nós, decidimos avançar para o Hotel Costa da Caparica (local onde já realizámos um encontro), estando, assim, garantida e salvaguardada a realização do nosso almoço-convívio.
Para além da alteração de local, o custo unitário teve de ser ajustado ao novo contexto, passando agora a ser de 27,50€, mantendo-se em vigor o programa indicado na circular.
Lamentamos o sucedido, e esperamos a vossa concordância.
Até lá, um grande abraço do J.A.   

VO PROGRAMA SOCIAL

Garantido o local do convívio e definido o competente repasto, reflectimos sobre o que se poderia fazer de diferente, como mais-valia de uma deslocação a Lisboa que não acontece todos dias, em particular por parte de um número significativo de elementos constituintes da CART 3494, por terem a sua residência e/ou a sua actividade profissional em cidades do Centro e Norte do País.
Nesse sentido, e como meio de facilitar a logística relacionada com o transporte, o ex-Furriel Mendes Pinto liderou o processo de organização da deslocação colectiva nortenha, em autocarro, o que permitiu, por um lado, realizar uma viagem mais tranquila e mais económica e, por outro, ampliar os tempos de partilha e de convívio entre os elementos desse grupo. Como local de concentração, decidimos que o ponto de encontro mais favorável e acessível, no mapa dos diferentes itinerários a utilizar, seria o Santuário Nacional de Cristo Rei, vulgo Cristo Rei, ao qual se associavam três outras razões:
1.ª - Porque o santuário e monumento a Cristo Rei, este inaugurado em 17.05.1959 da autoria do madeirense (Mestre) Francisco Franco de Sousa (1885-1955), é a maior atracção turística do Município, exceptuando as praias da Costa.
2.ª - Porque este monumento, ex-líbris da cidade de Almada, está situado a uma altitude de cento e treze metros acima do nível do Tejo, sendo por isso o melhor miradouro com vista para a cidade de Lisboa e zonas envolventes, incluindo o espelho de água do rio e a Ponte 25 de Abril.
3.ª – Porque foi exactamente em frente ao Cristo Rei, mas na margem direita do rio, no Cais de Alcântara, que zarpou em 22 de Dezembro de 1971, (+/-) trinta e sete anos antes, o N/M Niassa, rumo à Guiné (Bissau), transportando o contingente constituinte do Batalhão de Artilharia 3873, formado no Regimento de Artilharia Pesada n.º 2 (RASP 2), em Vila Nova de Gaia (Serra do Pilar), com a sua CCS e mais as suas três companhias operacionais: 3872; 3873 e 3874 (a nossa, com destino ao Xime).
Foto de família 37 anos depois do embarque para o CTIG (comando territorial independente da Guiné)
No sentido de concretizar a intenção expressa no ponto II do programa, que previa uma visita guiada ao Museu da Cidade, onde estava patente uma exposição relacionada com a história sobre as origens e o processo de construção do monumento a Cristo Rei (1949-1959), da responsabilidade da Câmara Municipal de Almada, tomámos a iniciativa de escrever uma carta ao Vereador do Pelouro de Desenvolvimento Social, solicitando apoio, nos seguintes termos:
- Ofício remetido à C.M.A.
Caríssimo Vereador Eng.º António Matos,
Os meus melhores cumprimentos.
Os ex-combatentes da Companhia de Artilharia 3494 que serviram na Guiné, entre 1971/1974, têm por tradição organizarem um almoço-convívio anual, a realizar em distintas localidades do Norte e Centro do País.
Para a confraternização de 2008 - a XXIII - foi escolhida a Cidade de Almada e delegada a responsabilidade da sua organização no ex-militar residente nessa localidade.
Em conformidade com essa decisão, coube-me a tarefa de conceber um pequeno programa social de modo a ocupar um pouco do seu tempo livre dando a conhecer algo do património histórico da Cidade.
Considerando que o Cristo Rei foi o local escolhido para a concentração da comitiva, pela facilidade de acesso e pelo seu enquadramento paisagístico sobre a capital, e uma vez que está patente uma exposição, no Museu da Cidade, sobre o tema «Almada e o Cristo Rei – 1949/1959», faz todo o sentido, dizemos nós, completar o nosso programa com a visita guiada a esse testemunho histórico.
Face ao exposto, serve o presente para solicitar os bons ofícios da Autarquia, autorizando a realização da visita, assim como do enquadramento teórico por parte dos competentes técnicos dos Serviços do Museu.
Uma vez que só hoje ficou concluído o processo de inscrição no almoço, o número de elementos presentes cifra-se em 83 (oitenta e três), aos quais poderia ser interessante a oferta de alguns materiais de representação.
Para os devidos efeitos, junta-se um exemplar do programa do evento, que encerrará no Hotel da Costa da Caparica com a realização do almoço/convívio, para o qual está desde já convidado.
Na qualidade de organizador e representante da CART 3494, cumpre-me agradecer, antecipadamente, toda a atenção e apoios prestados.
Atentamente, J.A.

VIAS IMAGENS

As imagens que seguidamente se apresentam são registos captados nos diferentes contextos do convívio: Cristo Rei, Museu da Cidade de Almada e Hotel Costa da Caparica.

CRISTO REI

As imagens recolhidas no Complexo do Santuário Nacional do Cristo Rei dão conta das diferentes emoções e afectos partilhados durante aproximadamente uma hora, por efeito da objectiva ter disparado em várias direcções e de forma aleatória. Desde pequenos grupos organizados ad hoc, passando por fotos familiares mais ou menos românticas, até camaradas em amena cavaqueira ou em marcha descontraída, temos de tudo um pouco, não fazendo, então, qualquer sentido adjectivar.
Em cada uma delas os sinais são, inquestionavelmente, esclarecedores.















































































MUSEU DA CIDADE

Chegados ao Museu da Cidade de Almada, fomos recebidos pelo Senhor Vereador do Pelouro de Desenvolvimento Social, Eng.º António Matos, que, em seu nome e em nome do executivo autárquico, dirigiu uma saudação amiga de boas vindas aos ex-militares e a seus familiares.
Numa curta intervenção, porque não viveu a experiência ultramarina, questionou-se sobre o modo como cada um dos seus compatriotas ali presentes viveu o seu dia-a-dia no contexto da guerra de guerrilha, das superações que obrigatoriamente tiveram de ocorrer, das privações contabilizadas e experienciadas e da ausência física dos seus familiares mais próximos, compensada apenas com a leitura de algumas linhas que lhes chegavam de forma mais ou menos regular, sendo a escrita o principal canal de comunicação então existente.
De seguida, apresentou os diferentes projectos autárquicos no âmbito da cultura, da educação e do desporto, em particular das actividades do Museu e do seu papel na área educativa, por via da organização de diferentes exposições temáticas relacionadas com o importante espólio histórico existente na área do Município, mobilizando a comunidade escolar através de visitas guiadas, na qual se incluía, justamente, a exposição sobre «Almada e o Cristo Rei – 1949/1959».
Concluída a sua intervenção, aproveitamos a oportunidade que agradecer a forma hospitaleira como fomos recebidos, referindo-lhe, em síntese, um pouco da história colectiva da CART 3494.
Antes do início da visita guiada a cargo dos técnicos do Museu, organizada em exclusivo para nós, fomos convidados a tomar um café reforçado com buffet de pastelaria.






















- HOTEL COSTA DA CAPARICA

 Depois do “aquecimento” no Cristo Rei e do “banho” de História no Museu da Cidade, eis que a comitiva chega completa ao Hotel da Costa da Caparica para cumprir o último acto do programa: o sempre tão desejado Almoço /Convívio, concretizando-se, deste modo, a promessa do ano anterior, ou seja, tentar avançar um pouco mais sobre o que não houve tempo para dizer, o que ainda não se contou ou dar-se início à narrativa de outras (novas) histórias que ainda não são do domínio colectivo.







Porque almoço/convívio não é almoço sem música… no final do banquete o nosso Grupo Musical Privativo (Jesus, Correia, Dias & Cª.) fez a sua aparição/ actuação e, com a competência que se lhe reconhece, deu mais vida à vida, fazendo-nos recordar outros tempos, também eles muito difíceis!…
Agora que cheguei ao fim de mais uma história, para mais tarde recordar, espero que tenham gostado de saber outros factos e imagens do Encontro de 2008.
Boas Férias e um forte abraço para todos, com muita saúde e energia.
Jorge Araújo.
Julho 2013