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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

P20: Livro escolar do PAIGC, "O NOSSO PRIMEIRO LIVRO DE LEITURA" (A. Marques Lopes)

Msg de: A. Marques Lopes 
Ex. Alferes Miliciano/At. INF - CART 1690 (Geba) e CCAÇ 3 (Barro) ano: 1967/69 (hoje Coronel Daf. reformado)

Caros camaradas,

Este era o livro de leitura dos primeiros anos das escolas do PAIGC durante a luta de libertação. É uma edição de 1966 do Departamento Secretariado, Informação, Cultura e Formação de Quadros do Comité Central do PAIGC. Apanhei vários destes em "Samba Culo", mas alguém ficou com eles, depois de eu ter sido ferido e evacuado, só com a farda...
Este foi-me cedido pelo nosso camarada tertuliano António Pimentel.

Já o li. Dou-vos alguns textos a ler. Podem aprender o B-A-BA, o LHA-LHE-LHI... e ler outros textos:

Alfabetização, formação moral, cultura e... formação política, naturalmente. De acordo, aliás, com o Programa das Escolas do PAIGC.










terça-feira, 24 de janeiro de 2012

P-140 "A Guerra na Zona Leste da Guiné, recrudesceu de forma violentíssima, nomeadamente em Copá e Canquelifá" (António Rodrigues ex. Sol. Condutor Auto, 1ª CCAV/BCAV 8323)


António Rodrigues ex. Sol. Condutor auto da 1ª CCAV/BCAV 8323 - 1973/74 viveu de perto e intensamente a guerra na fase final, na zona Leste da Guiné - Pirada, Bajocunda, Boruntuma, Copá, Paúnca e Sissaucunda fez um interessante comentário ao post.136 "DOSSIÊ SECRETO"  com data/hora 230045JAN12.

 Lembro que o Post. em ref. foi transcrito e adaptado por Luís Gonçalves Vaz (filho do último Chefe do Estado Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz) baseado em excertos de um DOSSIÊ SECRETO, autenticado pelo Chefe da 2ª Repartição, o Major de Infantaria, Tito José Barroso Capela.

SC

"Estivemos prestes a ser todos capturados, mas lá fomos resistindo"


- (...) Estou completamente de acordo com tudo o que está escrito neste Post.
A partir do início de Janeiro de Janeiro de 1974, a guerra na zona leste da Guiné, recrudesceu de forma violentíssima, nomeadamente em Copá e Canquelifã, que são os casos que conheço melhor.

As viaturas blindadas do PAIGC (segundo julgo saber pois não tenho a certeza) aparecem pela 1ª. vez em Copá. Sofremos a 1ª. flagelação de armas pesadas, à distância de alguns Kms no dia 03-01-74 às 23.30 horas que se prolongou até às 02.00 horas do dia seguinte. No dia 7, depois de uma forte emboscada pelas 09.30 horas da manhã a uma coluna de reabastecimento que se dirigia de Bajocunda para Copá, em que o 3º. Grupo de Combate reforçado da minha Companhia a 1ª. CCAV/BCAV8323 sofreu 2 mortos e vários feridos, pelas 17.55 horas do mesmo dia o PAIGC desencadeou sobre Copá um violento bombardeamento com morteiros de 120 mm que só terminou às 22.15 horas com a chegada e sobrevoo daquela área de um avião DAKOTA da FAP carregado de bombas.
 

Do blogue: http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/

Menos de 2 horas depois, após o DAKOTA se ter retirado, pelas 00.10 horas o PAIGC com um numeroso grupo de guerrilheiros, dá início junto ao nosso arame farpado, a uma fortíssima tentativa de assalto ao aquartelamento e para nossa grande surpresa, vinham acompanhados de pelo menos duas viaturas blindadas, tendo uma delas derrubado o arame farpado e penetrado 10 metros para dentro, disparando fortemente sobre nós.
Àquela hora a guarnição de Copá estava reduzida a 29 Homens, uma vez que, o Pelotão de Africanos que se encontrava lá connosco, tinha desertado durante a flagelação do fim da tarde, com excepção do Alferes e do Furriel europeus que os comandavam.
 

Estivemos prestes a ser todos capturados, mas lá fomos resistindo, até que lhes fizemos mortos e feridos e eles retiraram pelas 01.15 horas arrastando para cima de um blindado as suas baixas.
Copá ficou nessa noite bastante queimado e semi-destruído.
Nós tinha-mos acabado de viver uma tarde e noite infernais.

Ainda sobre as viaturas blindadas do PAIGC, no livro escrito pelo jornalista José Pedro Castanheira, cujo título é, "Quem Mandou Matar Amílcar Cabral" nas páginas 151 e seguintes pode ler-se o seguinte: (No dia 01-12-72 saiu de Bissau enviado pela PIDE um seu informador Africano com destino a Conakri, onde chegou a 11 do mesmo mês, que se apresentou a Amílcar Cabral como Ex-prisioneiro das autoridades Portuguesas, Cabral recebe-o, arranja-lhe alojamento e comida e entretanto mostra-lhe o último e mais moderno armamento acabado de chegar, entre o qual se destacam duas viaturas blindadas, uma com lagartas outra com rodas de borracha.
 

Na sequência do assassínio de Amílcar Cabral, cerca de um mês depois, esse informador é preso em Conakri e volta a ser libertado em meados de Fevereiro seguinte, parte de Conakri a 16 desse mês com destino a Bissau, onde chega de novo a 3 de Março de 73.)
 

Pelo acima exposto, se verifica que, pelo menos as autoridades em Bissau, deviam ter conhecimento da existência das referidas viaturas.Sem querer armar-me aqui em herói, ou criticar seja quem for, a nossa retirada de Copá aconteceu em moldes e circunstâncias muito diferentes do que julgo saber aconteceu com a retirada de Guiledge.

Em Copá principalmente a partir de 31 de Janeiro de 74, dia em que foi abatido sobre Copá com um míssil Strela um avião FIAT G-91, as flagelações com artilharia do PAIGC, passaram a ser quase diárias e simultâneamente também sobre Canquelifã ali a 12 Kms de distância,cada vez com mais intensidade e violência, até que, ao romper do dia 12 de Fevereiro, sem que nós em Copá o esperássemos, apareceu lá uma forte coluna para nos evacuar para Bajocunda.
Respiramos de alívio, Graças a Deus estava-mos ainda todos vivos e sem ferimentos, embora da restante saúde não pudesse-mos dizer o mesmo, foi uma manhã libertadora, ia-mos sair de um verdadeiro inferno.


Um Forte Abraço
António Rodrigues

1ª. CCAV/BCAV 8323 - 1973/1974 


Vd. post.:Liderei um encontro com guerrilheiros" - Amílcar José das Neves Ventura, Guiné 1973/1974 - BCAV 8323

sábado, 21 de janeiro de 2012

P-139 Situação Militar no Teatro de Operações da Guiné no ano de 1974 (Parte III)

MSG de Luís G. Vaz com Data/Hora: 202244JAN12


Situação Militar no Teatro de Operações da Guiné no ano de 1974

Por: Luís Gonçalves Vaz  (filho do último Chefe do Estado Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz)


(Parte III)



DOSSIÊ SECRETO (ou talvez não)


Adaptação/transcrição de Alguns Excertos do; "Relatório da 2ª Repartição do QG do CTIG”, autenticado pelo Chefe da 2ª Repartição, o Major de Infantaria, Tito José Barroso Capela.

Bissorã - 20/10/1973 - Passagem de revista pelo general Bettencourt Rodrigues
(Fotos do capitão Carlos Oliveira - CCAÇ 13)
NOTA INTRODUTÓRIA de Luís Gonçalves Vaz :

Para quem não esteve na Guiné no ano de 1974, seguem as datas de alguns ataques do PAIGC, logo no início desse ano. ..."Este foi mais um ano de guerra, e nada fácil, e foi logo no início desse ano, no mês de Janeiro,  que se realizou a  a 1ª Operação planeada pelo General Bettencourt Rodrigues, seu Estado Maior e Estado-Maior do CTIG e demais ramos das Forças Armadas, segundo nota do último chefe do Estado-Maior do CTIG, Coronel de Cavalaria, Henrique Gonçalves Vaz, publicada anteriormente neste Blog..."

General José Manuel de Bethencourt Conceição Rodrigues
 Em 29 de Setembro de 1973 assume em Bissau, os cargos de governador e CCFA da Guiné
(fotografia retirada de: http://ultramar.terraweb.biz/index.htm)
3 de Janeiro de 1974 – Ataque do PAIGC a Canquelifá, na fronteira da Guiné com o Senegal, com intenso fogo de morteiros e granadas, durante mais de dez horas. Sob coordenação de Nino Vieira, comandante da Frente Leste do PAIGC.

3 de Janeiro de 1974 – Ataque do PAIGC ao destacamento de Copá, na Guiné, durante duas horas.

3 de Janeiro de 1974 – Ataque do PAIGC ao destacamento de Buruntuma, na Guiné.

4 de Janeiro de 1974 – Ataque do PAIGC ao destacamento de Piche, na Guiné.

Guiné,  Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ3546 (Piche e Camajabá, 1972 / 1974)  Destacamento da Ponte Caium

6 de Janeiro de 1974 – Novo ataque do PAIGC a Canquelifá, Norte da Guiné, com intenso fogo de foguetões, durante três horas.

6 de Janeiro de 1974 – Novo ataque do PAIGC a Buruntuma, na Guiné, durante cinquenta minutos.

7 de Janeiro de 1974 – Uma força portuguesa do recrutamento local interceptou uma coluna do PAIGC em Canquelifá, causando-lhe pesadas baixas. (segundo notas pessoais do Coronel CEM, Henrique Gonçalves Vaz), foram mortos em combate, 6 Cubanos e mais 6 Africanos do IN. Neste combate morreu um militar das N.T, o  Ranger:LUÍS FILIPE PINTO SOARES (Furriel Miliciano de Operações Especiais) Companhia de Caçadores 3545.

7 de Janeiro de 1974 – Emboscada do PAIGC a uma coluna militar portuguesa na estrada Bajocunda-Copá, causando dois mortos e 19 feridos.

7 de Janeiro de 1974 – Disparos de mísseis do PAIGC contra dois aviões Fiat em Bedanda, Guiné.

7 de Janeiro de 1974 – Ataque do PAIGC ao destacamento de Copá, na Guiné.

21 de Janeiro de 1974 - Acção do PAIGC na cidade de Bissau, com lançamento de engenhos explosivos contra autocarros da Força Aérea, seguidos, uma semana depois, de dois outros engenhos do mesmo tipo num café da mesma cidade, frequentado por militares portugueses.

14 de Fevereiro  de 1974  - Carta do Movimento dos Capitães da Guiné sobre a situação geral e a necessidade de ser passar à acção contra o regime.

  22 de Fevereiro de 1974   - Rebentamento de uma carga explosiva no Quartel-General do Exército de Bissau, tendo ficado feridos  o segundo-comandante e o Chefe do Estado-Maior  (este apenas com pequenas escoriações), acção  reivindicada pelas Brigadas Revolucionárias.

22 de Fevereiro  de 1974  - Publicação do livro de António de Spínola, Portugal e o Futuro.

  15 de Março de 1974   - Demissão de Costa Gomes e António de Spínola dos cargos de chefe e vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.
 
16 de Março de 1974   - Pronunciamento do RI 5, das Caldas da Rainha, primeira tentativa de golpe militar do movimento dos oficiais das Forças Armadas, que conduz à prisão de cerca de 200 homens.

31 de Março de 1974   - Violento ataque do PAIGC à guarnição militar portuguesa de Bedanda, com utilização de viaturas blindadas. (...)



Fuzileiros, desembarcando de um bote pneumático Zebro III, na Guiné (fotografia da esquerda). O pequeno mas robusto Alouette III foi um dos cavalos de batalha das operações em África (fotografia da direita). In: http://forumarmada.no.sapo.pt/docs/FA-Marverde/marverde1.html

(...) No seguimento desta atitude (ver fim da Parte I), o SG do PAIGC determinou a 31 de Maio, face às MANOBRAS que classificou de “ DILATÓRIAS” da Delegação de Lisboa, o reinício das operações de Guerrilha como forma de “pressão”, com a finalidade e provocar cedências da parte portuguesa.
   Tal ordem seria no entanto anulada na manhã de 2 de Junho, após a chegada a CONAKRY da Delegação do PAIGC, vinda de LONDRES. Poucos dias passados, verificava-se a interrupção da guerrilha, em todo o Teatro de Operações da Guiné, o que originaria um “Cessar-Fogo” de facto a partir d o início de Junho.
    Continuaram no entanto a ser detectados alguns engenhos explosivos, de implantação antiga, nas semanas seguintes.

13/6/1974 - Bissorã- Cabá Santiago ao meio, à sua esquerda o comandante do PAIGC da zona de Maqué, Joaquim Tó, que veio até Bissorã com um grande grupo de guerrilheiros.

   O estado de “Tréguas” que passou a vigorar no território, a  consequente paragem da actividade operacional e o prosseguimento de conversações oficiais entre o Governo Português e o PAIGC a 13 de Junho, possibilitou às FARP a concretização de uma manobra original, abrangendo todo o teatro operacional, que modificou rápida e profundamente a situação militar anteriormente existente na nossa Província Ultramarina da Guiné. O desenvolvimento daquela manobra traduziu-se em duas categorias de acções:

         •    _ as que visaram o contacto intensivo com a população de todas as Etnias e com as nossas forças a diversos níveis, levado a efeito localmente pelos elementos de todos os Grupos das FARP, em especial, os Comissários Políticos (esta acção foi importantíssima na captação da população e desmotivação das Nossas Forças para qualquer atitude de força!).
        
         •    As que consistiram numa constante movimentação de Grupos das FARP no interior do TO, em acompanhamento da actividade anterior e evidentes manifestações de força, as quais paralelamente foram aproveitadas para executar uma remodelação do “Dispositivo do PAIGC”, que conduziu à introdução no Território da Província Ultramarina, de Forças do antecedente sedeadas nas Repúblicas do Senegal e da Guiné.


Aliás, as “Tréguas” vigentes não impediam que o PAIGC continuasse em estado de “Prontidão” com vista ao recomeço da guerrilha, para o que a Direcção do Partido continuava a expedir ordens. 
   
Assim em 29 de Junho, o SG/PAIGC determinava novamente que continuassem a ser preparadas novas operações ofensivas contra os Aquartelamentos das Nossas Tropas até aos primeiros dias de Julho de 1974, as quais somente seriam desencadeadas à ordem, obviamente se as diligências diplomáticas que tinham vindo a ser efectuadas após a Reunião ARGEL (13 de Junho), não conduzissem aos objectivos preconizados  pelo Partido.
      
De toda esta preparação bélica, parecia correcto deduzir-se na altura (Junho/Julho de 1974), que apesar das garantias de cessação de hostilidades apresentadas, sem excepção, por todos os dirigentes locais das FARP, nos numerosos e generalizados encontros que tinham vindo a ser efectuados com os Comandantes das Unidades das Nossas Forças em todo o TO, o PAIGC não punha de lado a hipótese de recurso à continuação da guerrilha como forma de pressão para abreviar a solução política do conflito que satisfizesse todas as suas exigências e desbloqueasse  as dificuldades encontradas nas primeiras conversações de ARGEL (13 de Junho).

(…) algumas ameaças de recomeço das operações, no caso de determinadas situações ou procedimentos que estavam em projecto, considerados inconvenientes pelo PAIGC, não fossem anulados, nomeadamente a realização de um “REFERENDUM” ou Congresso do Povo para que a População da Guiné se pronunciasse sobre a Independência e a prevista vinda do GENERAL SPÍNOLA a Bissau que , por esse motivo, foram canceladas.



LFG (Lancha de Fiscalização Grande) Orion, da classe Argos, num rio da Guiné
                    In: http://forumarmada.no.sapo.pt/docs/FA-Marverde/marverde1.html
De referir também que a data de 2 de Julho, expressa na ordem do SG/PAIGC citada anteriormente, esteve na origem de interpretações incorrectas da mesma, por parte de alguns comandos locais das FARP, de que resultara atitudes que fizeram perigar igualmente o clima de tréguas existentes…
   
Assim aquela data limite esteve na origem do “ULTIMATUM” enviado à Guarnição de BORUNTUMA pelo Comando da Frente Leste, o qual ameaçou bombardeá-la com todos os meios disponíveis se o Aquartelamento não fosse desocupado no dia seguinte e as nossas tropas não recolhessem a PICHE, sede do respectivo Batalhão.
   
Este facto dava-se quando acabava de ser aprovada superiormente a 1ª Fase do Plano de Retracção do dispositivo das Nossas Tropas, do qual fazia parte a saída da Companhia de Caçadores de BORUNTUMA, pelo que foi ordenada pelo Comandante-Chefe, a recolha daquela guarnição a PICHE, simultaneamente com a Retirada das Unidades de CANQUELIFÁ, DUNANE, PONTE CAIUM e CAMAJABÁ, todas da Zona fronteiriça Leste. Ao mesmo tempo foram encetadas diligências imediatas, dirigidas pessoalmente no local pelo próprio Comandante-Chefe acompanhado pelos representantes do PAIGC, nessa altura já em Bissau, para aclaramento da situação e das razões da brusca atitude do Comando da Frente Leste.




O representante de Nino Vieira, Manuel Ndinga prestando o seu depoimento na cerimónia da transição da soberania nacional na Guiné.
( fotografia do acervo pessoal de Eduardo José Magalhães Ribeiro,  Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré/Mansoa/Brá – 1974)
 As diligências realizadas não impediram que se verificassem, durante todo o mês de Julho de 1974, noutras áreas da Frente Leste, novas acções  de “pressão” por parte das forças locais, com vista à desativação imediata de alguns aquartelamentos das nossas tropas, nomeadamente MADINA MANDINGA, DARA, PIRADA e BAJOCUNDA, que revestiram a forma de “ultimatum” nas que não foram aceites.

Constatava-se assim que, as directivas emanadas da Direcção do PAIGC, resultantes de acordos estabelecidos, não foram escrupulosamente acatados localmente por determinados grupos de Frente Leste ou sofreram demoras na sua difusão oportuna a todos os escalões.

A atitude inconveniente daqueles grupos, visando a ocupação de aquartelamentos, poderia ser em parte explicada pelo facto de, serem novos na área (...). Parece no entanto poder concluir-se que o problema de fundo era o de continuarem a delinear-se  dentro do PAIGC duas tendências, uma mais dura que expressão principalmente no Leste e outra mais conciliatória e favorável a uma normal transferência de poderes, que foi seguida no SUL. (...)

CONTINUA ….



Vd. Post. desta série I e II:
http://cart3494guine.blogspot.com/2012/01/9-136-situacao-militar-no-teatro-de.html
http://cart3494guine.blogspot.com/2012/01/p-138-situacao-militar-no-teatro-de.html

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

P-135 Imagens do Relatório da 2ª Rep/QG do CTIG Bissau, assinado pelo chefe da 2ª Repartição, Maj. Infª - Tito José Barroso Capela

Msg de Luís Gonçalves Vaz (filho do último CEM do CTIG Coronel Henrique Gonçalves Vaz) com data de 19-01-2012 15:02,
Para: Luís Graça; Sousa de Castro
Assunto: Imagens do Relatório 2ªRep QG Bissau


Caro Luís Graça, caro Sousa de Castro:

Envio-vos algumas imagens do Relatório "Polémico" (para alguns é claro!), conforme o Luís me pediu.
O Relatório tem 74 páginas, datado de 28 de Fevereiro de 1975 (data da sua publicação), não está numerado (exemplar para o CEM?), mas é um original pelo aspecto, e está assinado pelo Major de Infantaria, Tito José Barroso Capela. E como podem ver, o carimbo de "SECRETO", está a vermelho, logo deve ser um exemplar original....

Abraço

-- Luís Beleza Vaz
Luís Vaz na pista na Ilha de Bubaque 1974


- Recorde-se: 


 Luís Beleza Gonçalves Vaz, viveu na guerra colonial em Bissau com seus pais quando ainda menino, frequentava em 1974 o liceu Honório Barreto. Hoje, é professor de Matemática e Ciências da Natureza numa escola  na zona de Braga, com formação académica em Biologia e Geologia. A Guerra dele foi na EPC (Escola Prática de Cavalaria) em Santarém, frequentou o 2º Curso de Milicianos do ano de 1983, onde passou 18 longos meses como um operacional!..










Vd post. http://cart3494guine.blogspot.com/2011/12/p132-descolonizacao-portuguesa-painel.html de 10DEC2011

domingo, 15 de janeiro de 2012

P1 - 25 de Abril de 1974 na Guiné, na perspectiva do filho do último Chefe do Estado Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz


Mensagem de Luís Gonçalves Vaz (filho do último Chefe do Estado Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz com data de, 13JAN2012 

O dia a seguir, à revolução dos "cravos" (25 de Abril de 1974), vivido na Guiné, na perspectiva de Luís Gonçalves Vaz, então com 13 anos de idade.



História no Ultramar com Luís Gonçalves Vaz 



Local: Guiné-Bissau

Data: 26 e 27 de Abril de 1974

Luís Gonçalves Vaz, Bissau 1974 (13 anos)
Na Guiné o 25 de Abril “só chegou” no dia seguinte, pois só na manhã do dia 26  é que se iniciaram as ações dos oficiais do MFA, nomeadamente os onze oficiais que se dirigiram ao Gabinete do General Comandante-Chefe (General Bettencourt Rodrigues) e exigiram a sua demissão e o regresso a Lisboa.  O meu falecido pai, Coronel Henrique Gonçalves Vaz, Chefe do Estado-Maior do CTIG, teve conhecimento durante a noite de 25 para 26 de Abril, pois na madrugada recebeu pelo seu telefone “civil” (não o militar!), a notícia de que na Metrópole decorria um “Golpe de Estado” para derrubar o sistema político de então (sei que foi um oficial da sua confiança que lhe ligou aqui da Metrópole). Logo de manhã dirigiu-se para a reunião do costume, com o General Comandante-Chefe no Palácio do Governador. Quando lá chega vê o edifício cercado por tropas especiais e deparou-se com a “destituição” de Bettencourt Rodrigues. É claro que o coronel Henrique Vaz, não pertencia ao MFA, mas isso não o impediu de se insurgir contra alguns “modos um pouco rudes” (em sua opinião é claro) com que estariam a conduzir o processo de destituição (ou prisão?) do Comandante-Chefe, e ofereceu-se para o acompanhar ao avião que o conduziria de regresso a Lisboa, via Cabo-Verde.

O General Bettencourt Rodrigues despediu-se com um abraço do meu pai, e agradeceu-lhe o “respeito” demonstrado, apesar de saber que o meu falecido pai, iria continuar a ocupar o seu posto no Teatro de Operações da Guiné. É claro que a situação não era para brincadeiras e tudo podia acontecer nas próximas horas, e como o Coronel Henrique Gonçalves Vaz era um militar íntegro, patriota e com espírito de missão (não afeto ao anterior regime), foi imediatamente convidado para continuar como CEM do CTIG, tendo aceitado e só regressou definitivamente a Portugal, no último voo de militares portugueses, pelas 23 horas do dia 14 de Outubro de 1974, acompanhando o Brigadeiro Carlos Fabião, na altura já indigitado para CEMGFA.

Antigo Liceu Honório Barreto em Bissau, hoje Liceu Nacional Kwame N' Krumah "
                 (Fonte: Blogue Liceu Nacional Kwame N' Krumah)

Esses mesmos oficiais do MFA,  solicitaram ao Comandante Marítimo, Comodoro Almeida Brandão, que assumisse as funções de Comandante-Chefe interino das Forças Armadas na Guiné-Bissau. As primeiras medidas tomadas pelo MFA na Guiné, foram a “detenção dos agentes da PIDE” e a “libertação dos prisioneiros políticos”.  Como tal, no dia seguinte, 27 de Abril, surgiram pela cidade de Bissau várias manifestações lideradas por esses presos, uma delas cercou e tentou invadir o meu Liceu, o Liceu Honório Barreto. Ainda me lembro como se fosse hoje, um funcionário do Liceu, um homem de grande estatura, e de origem Cabo-verdiana, pegou numa grande tranca e afugentou vários manifestantes (deu resultado!), tendo de seguida fechado a porta principal.

Nas salas do andar inferior, que davam para o jardim, tivemos de fechar as persianas, pois haviam muitos manifestantes que nos diziam aos berros, com paus e catanas; “Tuga na ba p`Bó Terra”… é claro que eu achei muita piada na altura, pois nunca temi pela minha segurança, já que tinha colegas com 16 anos ou mais (alguns vinham do interior da Guiné para estudar em Bissau) que sempre me fizeram estar à vontade.
O Clube militar em Sª Luzia, visto de minha casa. Nesta avenida formavam-se algumas colunas militares, que seguiam para o mato, e durante um ano vi a formação de muitas, em que diversos furriéis e alferes milicianos revelavam “alguma emoção”… Lembro-me muito bem como se fosse hoje, e marcaram-me para sempre.

Foto de:   António Teixeira* (ex-Alf Mil da CCAÇ 3459/BCAÇ 3863 - Teixeira Pinto, e CCAÇ 6 - Bedanda; 1971/73

Fugi do Liceu com esse grupo de colegas mais velhos (eu tinha apenas 13 anos e frequentava o antigo 3º ano do Liceu), em direção à base militar de Santa Luzia, onde vivia com a minha família (a casa do Chefe do Estado-Maior do CTIG, era aquela mesmo em frente do Clube militar, na outra ponta da avenida). 

Pelo caminho assisti ao episódio do "Cerco da PIDE”, onde me lembro muito bem de ver a ação de grande eficiência, de dois pelotões de Para-quedistas…… lembro-me muito bem..... Estive bem ao lado, daqueles Para-quedistas que estabeleceram logo de imediato um "Perímetro de Segurança". E se bem me lembro, deveria ser o único "branco" a assistir à manifestação. Houve tiros e tudo. Depois fui pelas Tabancas até Sª Luzia, sempre acompanhado pelos meus colegas Guineenses, que me protegeram e não permitiram que me acontecesse mal algum, só me deixaram após me entregarem aos elementos da PM, que faziam a segurança à entrada da Base Militar de Sª Luzia (a entrada estava barrada com rolos de arame farpado).
Guiné – Bissau, Pós-25 de Abril de 1974 - Manifestações populares de regozijo mas também de contestação: na primeira foto, um manifestante empunha um cartaz onde se lê: "Abaixo a D.G.S." ; na segunda foto, um dos manifestantes exibe um improvisado autocolante nas costas, onde se lê: "Viva o General António Spínola! Viva o Povo da Guiné!". Fotos: © José Casimiro Carvalho

Foto de: ex. fur. Ranger Casimiro Carvalho

 Quando cheguei a casa, soube que o meu pai tinha ido com uma pequena coluna militar buscar ao Liceu Honório Barreto, os meus dois irmãos, tendo aproveitado para trazer em segurança, algumas professoras e outros alunos, quase todos familiares de militares. Não me ralhou por eu ter vindo pelo meio de Bissau, entre as manifestações, com colegas africanos.

Segundo um interveniente nessa missão, o 1º Cabo Para-quedista nº 551/73, Carlos Alberto dos Santos de Matos, relata como esta operação militar se teria passado,  no site http://associacao-pq-alentejo.webnode.com.pt/noticias/ ,“…O objectivo era conter uma manifestação popular em frente ao quartel da PIDE/DGS e retirar os elementos da PIDE em segurança e transportá-los para local seguro, para posteriormente regressarem a Portugal com a finalidade de serem julgados por um Tribunal. Fiz parte integrante de um pelotão de Pára-quedistas que esteve a manter segurança no exterior do edifício, juntamente com outros elementos do Exército e Marinha. O outro pelotão de Pára-quedistas entrou no edifício da PIDE, os quais não ofereceram resistência à detenção. Os manifestantes bastante exaltados, no exterior, aos milhares, gritavam “morte à PIDE e aos colonialistas”. A cada instante que passava, a multidão apertava mais o cerco em volta do edifício e nós recuávamos mais um pouco. A operação que a princípio se afigurava simples estava a piorar a cada momento e já se notava algum nervosismo nos nossos militares. Entretanto recebemos ordem para efectuar disparos para intimidar os manifestantes. O tiroteio de algumas dezenas de militares, durou apenas alguns segundos, durante os quais os manifestantes se puseram em fuga. Os que caíram, durante a confusão eram pisados pelos companheiros. Houve um silêncio constrangedor durante algum tempo. Na poeira do chão ficaram alguns feridos, não pelas nossas armas, mas por terem sido atropelados pelos colegas manifestantes. …” 

Em suma, afinal eu estive no Teatro de Operações da Guiné, no meio de uma operação militar, com tiros e tudo, mas felizmente sem mortos ou feridos. É um facto que esta é uma das muitas “experiências de vida”, que me marcaram muito, entre outras que vivi na Guiné.


Braga, 13 de Janeiro de 2012


Luís Gonçalves Vaz





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

P 138: Situação Militar no Teatro de Operações da Guiné no ano de 1974 (Parte II)

  Mensagem de Luís Gonçalves Vaz, com data de 12JAN2012



Situação Militar no Teatro de Operações da Guiné no ano de 1974

Por: Luís Gonçalves Vaz  (filho do último Chefe do Estado Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz



(Parte II)


DOSSIÊ SECRETO (ou talvez não)


Adaptação/transcrição de Alguns Excertos do; "Relatório da 2ª Repartição do QG do CTIG”, autenticado pelo Chefe da 2ª Repartição, o Major de Infantaria, Tito José Barroso Capela.

Guerrilheiros do PAIGC - 1973
 (fotografias  de Bara István em http://www.fotobara.hu/galeria.htm)


 
Análise da actividade de guerrilha:

(…) Avaliado pelo quantitativo de acções a actividade de guerrilha da iniciativa do PAIGC em 1973, aumentou cerca de 35% em relação ao ano anterior. Por sua vez em 1974, no final de Abril, aquele quantitativo era 50% superior ao total registado nos primeiros quatro meses de 1973.
A acção do PAIGC vinha sendo caracterizada por um aumento significativo das acções de fogo, em detrimento das acções de terrorismo (raptos e roubos), orientando-se este, cada vez mais, para acções de terrorismo selectivo e sabotagens.
Era notória a evolução no sentido do abandono progressivo da actividade de guerrilha dispersa em superfície, em proveito das acções maciças contra objectivos definidos, obrigando a grandes balanceamentos de meios, por vezes, envolvendo elementos de todo o Teatro de Operações.
Estas características eram indicadores seguros do aumento de agressividade das FARP e da sua maior capacidade ofensiva, potencial e eficiência.


 
Baixas causadas pelo PAIGC (entre 1972 e 1974)


1972
1973
1973
Até 30 de Abril
1974
Até 30 de Abril

M

F

RC

M

F

RC

M

F

RC

M

F

RC
Nossas Forças

84

848

8

185

1173

8

33

288

-

81

426

2
População

104

449

496

123

462

35

40

184

9

40

152

2
LEGENDA: M- Mortos, F- Feridos, R- Retidos, C- Capturados



Guerrilheiro do PAIGC
(fotografias  de Bara István em http://www.fotobara.hu/galeria.htm)



 
Baixas sofridas pelo PAIGC (entre 1972 e 1974)


1972
1973
1973
Até 30 de Abril
1974
Até 30 de Abril
Referenciados
Confirmados
Referenciados
Confirmados
Referenciados
Confirmados
Referenciados
Confirmados
Mortos
523
427
538
412
194
162
125
112
Feridos
274
157
241
117
103
33
34
3
Capturados
98
98
39
39
21
21
6
6
Apresentados
13
13
21
21
12
12
33
33
Total de Baixas afetando o Potencial de Combate

634

538

598

472

227

195

164

151

Em reforço da conclusão precedente, menciona-se o aparecimento de novas armas durante o período considerado (Míssil Strella e viaturas blindadas) e um maior emprego de outras (Morteiro 120 mm, Foguetão 122mm, Canhão 85mm, Canhão 130 e minas especiais).
Finalmente, a situação militar revelou nítido agravamento a partir de Dezembro de 1973, em especial nas Zonas SUL e LESTE do Território.

uma coluna das nossas forças, regressa de mais uma missão.


Estimava-se que em 1973/74, o Potencial humano do PAIGC tenha atingido cerca de 7 500 combatentes, 4 500 integrados no Exército Popular e 3 000 nas Forças Armadas Locais. Além disso, os elementos disponíveis permitiam estimar que no princípio de 1974, se encontravam em instrução no CIPM de KAMBERA (dita Madina do Boé) cerca de 300 elementos por trimestre e que nos CI (centros de instrução) dos países de Leste da Europa e Cuba permaneciam 500 elementos dos seus quadros em diversos graus de preparação.

Um “heli” em missão de evacuação. Ao fundo, mas bem perto, ainda se vê o fumo dos rebentamentos do ataque do PAIGC. (Fotografias retiradas de http://entrefogocruzado.wordpress.com/guerra/)

Durante a ofensiva de Maio/Junho de 73 e 1º trimestre de 1974, foi referenciado a presença de elementos estranhos ao PAIGC, provavelmente mercenários, de tez clara, não se conseguindo avaliar o seu efectivo nem determinar a sua nacionalidade (ver nota do Coronel Henrique Gonçalves Vaz, Chefe do Estado-Maior do CTIG, de 7de Janeiro de 1974 "... Soubemos hoje á noite, que em Canquelifá, foram mortos em combate, 6 Cubanos (?) e mais 6 Africanos do IN (inimigo). Uma equipa Fotográfica do Batalhão Fotocine, seguiu de madrugada para lá, a fim de obter imagens. ...").
A evolução do material inimigo continuava a processar-se em ritmo crescente e, ao longo do período, foram detetadas novas armas na posse do PAIGC e maior quantidade de outras já existentes de entre as quais se destacam: Míssil SA-7 STRELLA (Soviético), Morteiro 120 mm, Foguetão 122 mm, Canhão 130 mm e viaturas Blindadas BRDM-2 . (…)


Quanto a meios aéreos, apesar de várias notícias o referirem com insistência, o PAIGC ainda não dispunha de Aviação para apoio aéreo eficaz. Sabia-se da existência de Aviões ligeiros na República da Guiné e era referenciado grande número de sobrevoos suspeitos, nomeadamente com MIG`s-17 e helicópteros. Admitia-se, entretanto que a situação evoluísse, e que o PAIGC pudesse vir a dispor de alguns aviões ( cedidos pela República da Guiné), pois sabe-se de fonte segura, que estavam na Rússia, para frequentar um curso de pilotagem (desconhece-se o tipo de avião), 28 recrutas do PAIGC. (…)
MiG -17

Neste contexto, em Abril de 1974 (Revolução de Abril), face ao aumento do Potencial militar do PAIGC, ao recrudescimento da guerrilha que se verificava desde Abril de 1973, a alguns êxitos espectaculares da mesma (abandono de GUILEGE, no SUL, e COPÁ, no LESTE) e ao alastramento de atos de sabotagem ou terrorismo aos principais centros Urbanos, incluindo Bissau onde o próprio QG/CTIG não foi poupado (Ver nota do Coronel Henrique Gonçalves Vaz, Chefe do Estado-Maior do CTIG, de 22 de Fevereiro de 1974, "... Cerca das 19h e 10 min, quando me encontrava na gabinete do brigadeiro Comandante Militar, com este e com o Brigadeiro 2º Comandante, rebentou um explosivo colocado na casa de banho que a destruiu, assim como algumas das dependências contíguas. A forte deslocação do ar, rebentou a porta e os vidros que foram projectados em frente, onde se encontrava o Brigadeiro 2º Comandante, de pé, e que caiu na direcção onde eu me encontrava sentado. O Brigadeiro Comandante Militar sentado na minha frente ainda sofreu. O 2º Comandante foi levado para o Hospital de Bissau, visto sangrar bastante de uma ferida na parte posterior da cabeça. Eu tive leves arranhões, de que me tratei no posto de saúde da C.C.S.. Estavam também presentes, no Gabinete Central, o Major Ferreira da Costa e o Tenente Abrantes ….Ninguém ficou ferido gravemente. Foi um verdadeiro milagre! ...",) o anterior sentimento de proteção pela força existente no seio da população que se acolhia junto das nossas tropas estava muito afetado. Para isso muito contribuía a redução das evacuações por meios aéreos, originando pelo aparecimento dos mísseis STRELLA, e a fraca dissuasão obtida pela artilharia das nossas tropas face aos frequentes ataques com Foguetão 122mm. Começaram a ser frequentes os pedidos, formulados por diversas Povoações, solicitando melhor proteção e que as guarnições fossem dotadas de armamento mais eficaz, em especial artilharia de maior alcance que o Fog. 122mm (cerca de 25 000 metros).


Continua…

Adaptado por:  Luís Gonçalves Vaz  (Tabanqueiro 530)