Total visualizações de páginas, desde Maio 2008 (Fonte: Blogger)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

P127 - GUERRA COLONIAL GUINÉ - "Sobreviventes" de cativeiro

Programa transmitido pela televisão SIC no dia 24OUT2011

 

quatro ex-combatentes (Duarte Fortunato, António Teixeira, Manuel Vidal e António Baptista) da guerra colonial na Guiné, contam o que passaram nas cadeias do PAIGC (Partido Africano Independência Guiné e Cabo Verde) em Conacri, cidade da República da Guiné, até serem libertados após a revolução dos cravos em Portugal, (25 de Abril de 1974).



vídeos  publicados por:  http://www.youtube.com/user/donaidinha com a devida vénia.

8 comentários:

zé manel cancela disse...

o jose antonio rodrigues da régua,tambem foi entrevistado,mas nao apareceu na reportagem,será que o ele disse ia encomudar alguem??????

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Editor:

Gostava de saber se recebeu com êxito o meu comentário de ontem, sobre a Troca de prisioneiros de Guerra em Setembro de 1974 na "Aldeia Formosa" na Guiné?

Com os melhores cumprimentos:

Luís Gonçalves Vaz

https://cart3494guine.blogspot.com/ disse...

Caro Luís Vaz, antes demais agradeço seu contacto, também para lhe dizer que não recebi comentário ref. Troca de prisioneiros de Guerra na Aldeia Formosa – Guiné, agradeço que o faça novamente, ou no blogue ou enviar-me para o seguinte endereço: sousadecastro@gmail.com
por outro lado presumo que foi combatente na Guerra Colonial, diga em que ano e a que companhia pertenceu.
Sem outro assunto de momento,
Com os melhores cumprimentos,
Sousa de Castro

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Sousa Castro:

Muito obrigado por me ter respondido de forma tão célere!
Em primeiro lugar quero informa-lo de que não sou ex-combatente, apesar de ter vivido em 1973/74 na Guiné Bissau, pois acompanhei o meu falecido pai, Coronel do CEM Henrique Gonçalves Vaz na sua última comissão em África, que foi o último Chefe do Estado-Maior do CTIG (do Q.G.) sobre o Comando do General Bettencourt Rodrigues. Depois do 25 de Abril, sobre o comando do então Brigadeiro Fabião, e em articulação com outros oficiais do Estado –Maior, implementaram os dispositivos de retracção para acantonarem e retirarem deste Teatro de Operações, os milhares de militares portugueses presentes nesta Província, tendo só abandonado a Guiné, no último voo com tropas Portuguesas, no dia 14 de Outubro de 1974 na companhia do Brigadeiro Fabião. Como tal, e ao realizar a Biografia do meu falecido pai, Coronel de Cavalaria e do Estado/Maior, li muitos documentos classificados, do seu arquivo pessoal, e poderei acrescentar algumas informações sobre a troca dos últimos prisioneiros de guerra, com o PAIGC.
Mantivemos 35 prisioneiros (guerrilheiros do PAIGC) na ilha das Galinhas até a véspera do reconhecimento da Independência da República da Guiné-Bissau por parte do Governo Português. Pelo lado do PAIGC, mantinham 7 prisioneiros (4 soldados e 3 1ºs Cabos, do nosso Exército), um dos quais era o soldado António Baptista, que tinha sido dado como morto em 17 de Abril de 1972, numa emboscada em Madina-Buco, onde as nossas tropas sofreram 1 desaparecido e 10 mortos, 6 dos quais queimados na explosão da viatura em que seguiam. A troca destes sete prisioneiros na posse do PAIGC (retidos no Boé), por 35 guerrilheiros do PAIGC (retidos pelas nossas tropas na ilha das Galinhas) , foi feita segundo o estipulado pelo Acordo de Argel, e foi marcada para o dia 9 de Setembro, em Aldeia-Formosa, no entanto o PAIGC não compareceu nessa data como estava combinado, só no dia 14 de Setembro a troca se realizou. Estiveram presentes nesse ato pelas nossas tropas, o Major de Infª Tito Capela (Chefe da 2ª Rep. Do QG), o Major de Artª Aragão, o Capitão-tenente Patrício, o capitão de Infª Manarte e o Furriel miliciano Elias (da 2ª Rep./QG/CTIG). Por parte do PAIGC, estiveram presentes os seguintes elementos; Manuel dos Santos (Sub. Secretário Informação/Turismo do G.B.), Carmen Pereira (Membro do Conselho de Estado/GB) e Iafai Camará (Comandante do Aquartelamento de Aldeia Formosa).
Imediatamente após a troca, foi feita a identificação (soldados; António Teixeira, Jacinto Gomes, António da Siva Baptista, Manuel Ferreira Vidal e os 1ºs cabos; Duarte Dias Fortunato, Virgílio da Silva Vilar e o 1º cabo Manuel Fernando Magalhães Vieira Coelho), tendo os prisioneiros e a comitiva regressado de avião a Bissau. Ficaram instalados no Hospital Militar de Bissau, e no dia seguinte, dia 15 de Setembro de 1974, seguiram por via área para Lisboa.

Luís Beleza Gonçalves Vaz
(filho do Coronel Henrique Gonçalves Vaz /Chefe do Estado-Maior do CTIG 1973/74)

https://cart3494guine.blogspot.com/ disse...

Caro Luís Vaz,

Agradeço muito o documento que acaba de me enviar, é de extrema importância para, não só, esclarecer como foi feita a troca dos prisioneiros entre as Forças Armadas e o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), como também ajudar a completar o puzzle do teatro de operações na Guiné . Por outro lado convido-o a visitar estes blogues que têm muito a ver com a Estória sobre a Guerra colonial na Guiné. Fico a aguardar mais estórias para possível divulgação neste ou noutros blogues se achar conveniente.
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/
http://coisasdaguine.blogspot.com/

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Editor:

Relativamente à "Troca de prisioneiros no teatro de operações da Guiné", gostaria ainda de adiantar, com base no "Relatório da 2ª Repartição do QG do CTIG (Comando Territorial Independente da Guiné), autenticado pelo Chefe da 2ª Rep., o Major de Infª. Tito José Barroso Capela, classificado na altura como um Dossiê SECRETO,a saber:
De acordo com o previsto no Acordo de Argel,tudo se preparou (da parte dos Portugueses), para que a operação da "troca dos prisioneiros" se efectuasse na data estipulada. Assim a 9 de Setembro, seguiram de Bissau para a Aldeia Formosa os 35 prisioneiros (guerrilheiros do PAIGC),que no dia anterior tinham vindo da Ilha das Galinhas, e a comitiva das nossas tropas que os acompanhavam. Esta era constituída por, a saber; 2ª Comandante do CTIG, Coronel Tir. CEM Santos Pinto; Director do Hospital Militar, Tenente-coronel médico Viegas; Chefe da 2ª Rep. do CTIG, major de Infª Tito Capela e o Comandante do COP5, capitão-tenente da Marinha Patrício; Major de Infª Hugo dos Santos; 1ª Tenente da Marinha Brandão capitão de Cav.Sousa Pinto; capitão de Cav. Ramalho Ortigão e dois soldados da Polícia Militar. Todos estes elementos foram transportados de Nord Atlas, comandado pelo capitão piloto-aviador Carvalho, que fez duas viagens entre Bissau - Formosa e que levou igualmente um representante do PAIGC, o comandante Lamine Sissé, e cerca de vinte jornalistas nacionais e estrangeiros que se propunham fazer a cobertura do acontecimento.... (CONTINUA)

Luís Gonçalves Vaz
(filho do último Chefe e Estado-Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz

Luís Gonçalves Vaz disse...

"Troca dos últimos prisioneiros na Guiné " CONTINUAÇÃO…..

…A permuta de prisioneiros não chegou a efectuar-se em 9 de Setembro de 1974,em virtude do PAIGC não ter apresentado os Prisioneiros das NT (nossas tropas), retidos em seu poder, nessa data. Como consequência, os elementos das NT e jornalistas (nacionais e estrangeiros) regressaram pelas 16h00 a BISSAU, tendo ficado em Aldeia Formosa o capitão-tenente Patrício com os 35 PG/PAIGC, que aí aguardaram até a chegada dos PG/Nossas tropas. Nesse sentido, o Encarregado do Governo da Guiné, telegrafou à Direcção do PAIGC manifestando a sua estranheza pela não apresentação dos Prisioneiros de guerra por parte do Partido. Em resposta, LUÍS CABRAL apresentaria desculpas esclarecendo que a demora tinha sido devida "ao mau estado das estradas", não tendo sido possível por isso transportar os prisioneiros como fora planeado.... CONTINUA……….


Luís Gonçalves Vaz
(filho do último Chefe e Estado-Maior do CTIG, Coronel Henrique Gonçalves Vaz)

Anónimo disse...

(Comentário publicado no Facebook)

O Vidal e o Coelho eram da minha companhia, CCS 2930 - Catio,foram raptados na Pista pelo PAIGC num golpe-de-mão comandado pelo Quemba Sambu, momentos antes tinha estado na Pista e quando cheguei à porta de armas do quartel de Catió deu-se esse golpe-de-mão.
abraço, Lagos

Rolando Rodrigues