Joaquim Mexia Alves |
Meus caros camarigos
E continuo sem me calar quanto ao Dia dos Combatentes.
Ainda ontem o António Matos e eu falámos do assunto com o dirigente da Liga dos Combatentes de Leiria que esteve no almoço da Tabanca do Centro.
Julgo que a publicação deste novo texto devia ir acompanhada com a republicação do texto anterior, salvo melhor opinião.
Estou pronto para fazer o tal blogue para o Dia dos Combatentes, se assim for decidido, mas preciso de ajuda, pois claro.
Mais uma vez dou conhecimento a mais alguns camarigos que têm blogues, para que usem com entenderem este texto, publicando-o e trazendo mais gente para esta causa.
Que me perdoem aqueles que possa ter esquecido, ou porque não encontrei os seus e-mails, ou porque não os conheço ainda.
Um abraço forte e camarigo do
Joaquim Mexia Alves
Por: Joaquim Mexia Alves,
Desculpem-me, mas é com alguma mágoa que volto ao assunto do Dia dos Combatentes tratado ultimamente neste meu texto:
Dia dos Combatentes
Dia dos Combatentes
Não por o texto ter sido escrito por mim e ter tido poucos ou quase nenhuns comentários, (porque isso para mim não tem qualquer importância), mas sim porque revela um alheamento de um assunto, que a meu ver se reveste de enorme importância para todos nós Combatentes.
Dá a impressão, (ou pelo menos a falta de comentários passa essa impressão), de que perante a recusa por parte da organização do 10 de Junho, às pretensões que o António Martins Matos lhes revelou da nossa parte, todos se desinteressaram do assunto, assim à velha maneira portuguesa do “não vale a pena”.
Protestamos, queixamo-nos, revoltamo-nos, indignamo-nos, mas afinal não somos capazes de nos unirmos num projecto que leve a cabo um verdadeiro Dia dos Combatentes em Portugal.
O texto que escrevi não serve? Não é aquilo que se pretende? Não são aqueles os melhores passos a dar?
Tudo bem, não há problema nenhum nisso!
Mas então critiquemos, tenhamos ideias, façamos propostas, mas ao menos testemunhemos que não nos calamos e vamos fazer o que é preciso, contando ou não com o apoio das instituições do país, sejam elas quais forem.
É que, quer queiramos, quer não, a imagem que passamos, é a de que a proposta de um verdadeiro Dia dos Combatentes é apenas a vontade de uns “carolas”, e que os combatentes no geral se estão “borrifando” para o assunto.
Assim vamos dando razão aos “profetas da desgraça”, que sempre profetizam a impossibilidade de nos unirmos, a impossibilidade de conseguirmos o nosso Dia dos Combatentes, a impossibilidade de sermos atendidos nas nossas pretensões, ou até de conseguirmos por nós próprios levar a cabo a realização de um tal evento.
E estes “profetas da desgraça”, não são só exteriores aos combatentes, pois também os há no meio de nós.
Eu, (falo por mim), não quero fazer um qualquer desfile exterior a umas cerimónias de um determinado dia, como uma coisa do tipo: “Deixa-os lá desfilar, coitados, que depois já não chateiam mais!»
Não, eu quero um Dia dos Combatentes, (10 de Junho ou outro qualquer), mas um Dia que seja nosso, para homenagear os nossos mortos, para homenagear aqueles que deram o melhor de si ao serviço da Pátria, e que fomos todos nós.
Um Dia dos Combatentes que a eles pertença, e não um dia de discursos circunstanciais, de uns quaisquer políticos e umas outras figuras, de umas quaisquer instituições, mais ou menos “estatizadas”.
É nesse sentido que aponta o texto acima referido e que eu esperava bem, fosse criticado, analisado, apoiado, corrigido e servisse de partida para fazermos o que é nosso por direito próprio.
Escusamos de pensar para agora, mas sim, para o futuro mais próximo, (o próximo ano?), dando passos seguros, firmes e inabaláveis, que não se deixem abater por umas quantas portas fechadas.
Mostremos a nossa determinação, a nossa vontade, o nosso querer, de tal modo que aqueles que têm de autorizar oficialmente o Dia dos Combatentes, percebam que não desistimos, que não quebramos, e que estamos unidos.
Abrimos estradas por matas densas, rompemos trilhos por matas desconhecidas, fizemos quartéis onde nada havia, levantámos minas que nos queriam armadilhar, levámos algum conforto a algumas populações.
É tempo de cuidarmos de nós, antes que os nossos filhos e netos não percebam o que passámos, antes que nós próprios nos esqueçamos que existimos.
O tempo é agora, as propostas estão feitas nesse texto, que pode e deve receber o concurso de todos.
Por isso mostremos que não somos só palavras, que não estamos velhos, mas que ainda podemos mostrar aos de agora, e aos vindouros, que a determinação que vivemos, continua viva em nós.
Não somos velhos, não deixamos que nos esqueçam.
Somos vivos e estamos aqui!
Ao trabalho pois então, pelo Dia dos Combatentes!
Monte Real, 28 de Abril de 2011
Joaquim Mexia Alves
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