Mensagem de Afonso Sousa que esteve
na Guiné nos anos 1968/70, como Fur.
Milº TRMS na CART 2412 Integrante no COP 3, Binta e Guidage.
GUERRA COLONIAL
PORTUGUESA 1961 - 1974, GUERRA LEGÍTIMA COM VITÓRIA TRAÍDA E COM MUITA
VERMELHIDÃO PELO MEIO.
UM ARTIGO; PARA ALGUNS, POLITICAMENTE INCORRECTO, MAS CHEIO DE
VERDADE.
Não é o primeiro autor
“não português” (com livros de autêntica investigação histórica em arquivos
nacionais e estrangeiros) que atesta, documentalmente e por escrito, a sua enorme admiração pelo
esforço do pequeno e pobre Portugal nos vastos e longínquos territórios do seu
ímpar império marítimo.
Glória aos ex-
Combatentes !!! Aos meus "Companheiros de Luta" cordiais saudações...
Jonathan Llewellyn
Espero que perdoem a um estrangeiro intrometer-se neste grupo, mas é
preciso que alguém diga certas verdades.
A insurgência nos territórios ultramarinos
portugueses não tinha nada a ver com movimentos nacionalistas. Primeiro, porque não
havia (como ainda não há) uma nação angolana, uma nação moçambicana ou uma
nação guineense, mas sim diversos povos dentro do mesmo território. E depois,
porque os movimentos de guerrilha foram criados e financiados por outros
países e que se justificavam dizendo-se, artificiosamente, defensores dos
interesses emancipalistas dessa pluralidade de povos.
ANGOLA – A UPA, e depois a FNLA, de Holden Roberto foram criadas pelos
americanos e financiadas (directamente) pela bem conhecida Fundação Ford e
(indirectamente) pela CIA.
O MPLA era um movimento de inspiração soviética, sem implantação tribal,
e financiado pela URSS. Agostinho Neto, que começou a ser trabalhado pelos
americanos. só depois se virando para a URSS, tinha tais problemas de
alcoolismo que já não era de confiança e acabou por morrer num
pós-operatório. Foi substituído pelo José Eduardo dos Santos, treinado,
financiado e educado pelos soviéticos.
A UNITA começou por ser financiada pela China, mas, como estava mais
interessada em lutar contra o MPLA e a FNLA, acabou por ser tolerada e
financiada pela África do Sul. Jonas Savimbi era um pragmático que chegou até
a um acordo com os portugueses.
MOÇAMBIQUE - A Frelimo foi criada por conta da CIA. O controleiro do
Eduardo Mondlane era a própria mulher, Janet, uma americana branca que casou
com ele por determinação superior. Mondlane foi assassinado por não dar
garantias de fiabilidade, e substituído pelo Samora Machel, que concordou em
seguir uma linha marxista semelhante à da vizinha Tanzânia. Quando Portugal
abandonou Moçambique, a Frelimo estava em tal estado que só conseguiu
aguentar-se com conselheiros do bloco de leste e tropas tanzanianas.
GUINÉ –- O PAIGC formou-se à volta do Amílcar Cabral, um engenheiro
agrónomo vagamente comunista que teve logo o apoio do bloco soviético. Era um
movimento tão artificial que dependia de quadros maioritariamente
cabo-verdianos para se aguentar (e em Cabo Verde não houve guerrilha).
Expandiu-se sobretudo devido ao apoio da vizinha Guiné-Konakry e do seu
ditador Sékou Touré, cujo sonho era eventualmente absorver a Guiné
portuguesa.
Em resumo, territórios portugueses foram atacados por forças de guerrilha
treinadas, financiadas e armadas por países estrangeiros. Segundo o Direito
Internacional, Portugal estava a conduzir uma guerra legítima. E ter
combatido em três frentes simultâneas durante 13 anos, estando próximo da
vitória em Angola e Moçambique e com a situação controlada na Guiné, é um
feito que, militarmente falando, é único na História contemporânea.
Então porque é que os portugueses parecem ter vergonha de se orgulharem
do que conseguiram?
Publicado a 01 de Junho 2013 por Jonathan Llewellyn em "Publicações
recentes de outras pessoas".
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1 comentário:
Um texto de autêntica e pura realidade.
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