Memórias do nosso camarada d'armas, Jorge Alves Araújo com data de 18FEV2014
Caríssimo Camarada Sousa de Castro
Os meus melhores cumprimentos.
O presente texto, ainda que continue a
caracterizar o contexto histórico relacionado com a presença do efectivo
militar da CART 3494 no Destacamento da Ponte do Rio Udunduma [1973], e o seu modus
vivendi, a sua introdução foge um pouco do que tem sido meu hábito em
situações anteriores.
Este desvio, enquanto espaço de
liberdade, foi influenciado por alguns temas abordados recentemente no blogue
da Tabanca Grande, do qual sou igualmente membro, e, daí, deu este resultado.
Obrigado pela V. compreensão!
Um abraço.
Jorge Araújo.
09Fev2014
GUINÉ
Jorge
Alves Araújo, ex-Furriel Mil. Op. Esp./RANGER, CART 3494
(Xime-Mansambo,
1972/1974)
O DESTACAMENTO DA
PONTE DO RIO UDUNDUMA
(XIME-BAMBADINCA)
- Contrastes do mesmo
cenário [parte III] -
1. Introdução
De
acordo com a intenção expressa nos textos anteriores [P193 e P197], volto hoje
à V. presença com o mesmo propósito de sempre: o de relatar, na primeira
pessoa, os factos mais relevantes que marcaram a vida de um miliciano na sua passagem
pelo CTIGuiné.
Assim,
continuaremos a aprofundar o tema relacionado com o Destacamento da Ponte do
Rio Udunduma, onde estivemos o segundo semestre do ano de 1973 [já fez quarenta
anos!], decisão confortada com as palavras solidárias do camarada António
Rosinha, Tertuliano da Tabanca Grande [LG] ao defender que “cada um deve ter
a coragem de dizer aquilo que na realidade presenciou e aprendeu”.
No
entanto, é justo endereçar aos nossos camaradas do Blogue Luís Graça &Camaradas da Guiné, os meus sinceros agradecimentos pelos diferentes
contributos/comentários produzidos neste âmbito, adicionando-lhe mais valor
reflexivo e histórico, por efeito de aí terem passado uma parcela do seu
precioso tempo, ainda que em momentos diferentes, em obediência à missão
militar que lhes foi confiada/imposta.
Estão
nesse caso os camaradas: Carlos Marques [CArt 2339], Luís Graça, António (Tony)
Levezinho e Humberto Reis [CCaç 2590/CCaç 12], Jorge Cabral [PCN 63], Paulo
Santiago [PCN 53], Beja Santos [PCN 52] e Joaquim Mexia Alves [CArt 3492 e PCN
52], com especial deferência para o Carlos Marques, por ter sido o primeiro a
assentar arraial naquele espaço, no longínquo dia 29Mai1969, com tendas de três
panos da 2.ª Guerra Mundial, e daí considerar-se, simbólica e carinhosamente,
como o DINOSSAURO… da Ponte.
Estou
de acordo!
No
alinhamento deste texto, entendi incluir e apreciar a pertinência da reflexão
do nosso amigo e camarada António José Pereira da Costa [CMDT da CART 3494 durante
cinco meses, tempo suficiente para ter estado envolvido, entre outros, no
episódio estúpido do Rio Geba] ao colocar a problemática do conflito militar a
partir de duas perguntas filosóficas; porquê e para quê?
Com
efeito, estas são, pela intemporalidade da sua pertinência, duas das principais
questões em que nos deveríamos deter ao longo das diferentes fases da nossa
vida [unindo o presente ao passado e aprendendo com ele encontrando novos rumos
para a dignificação do Homem!], sendo o como e o quando? outras
tantas a considerar de igual modo, pois sabemos que tudo é efémero neste nosso cosmos:
tem princípio, meio e fim.
Mas,
de facto, não tenho uma resposta assertiva e convincente, por ausência de
dados, quiçá mais importantes do que aqueles que possuo, na medida em que a
nossa ignorância se evidencia e cresce com o saber, em resultado do número de
questões ser sempre superior ao das respostas, e daí não haver explicações
definitivas.
Retenho-me,
por ora, num simples mas importante detalhe que influenciou o nosso comportamento
naquele contexto. Quando, dando cumprimento ao programa de treino
multidisciplinar de preparação para a guerra, me diziam: “Ranger-Araújo:
tu-vais-ser-chefe!” [futuro], omitiram em que condições e com que recursos
materiais e humanos tal ia acontecer, para logo a seguir afirmarem: “tu-és-carne-para-canhão!”,
expressão [massificada] que viria a ser repetida manga de vezes ao longo
da comissão, em particular quando o “psicológico” dava sinal de algum desânimo,
deixando, assim, ao livre arbítrio a construção/reconstrução de um conceito
ideológico temperado pela prática concreta do dia-a-dia.
Pelo
exposto, e como ficou demonstrado ao longo do tempo, nunca me conseguiram
explicar o porquê e para quê, uma vez que a explicação pressupõe
antes uma compreensão, que é um processo incompleto e equivocado, e daí haver
um deficit dessa compreensão em cadeia. Ou seja, primeiro será
necessário compreender para, depois, tentar explicar, pelo que este é um
processo que ainda não se encontra encerrado.
Num
cosmos onde tudo muda: as pessoas, a sociedade e o mundo, e em que só a mudança
é imutável, depois duma ordem, vem a desordem para dar lugar a uma nova ordem
[sociologia da ordem e do progresso], por influência da tríade [tróica]
TER-PODER-SABER – eis, então, a fórmula que nos comandou… e continua…!
Ainda
assim avanço com um elemento mais desta fenomenologia, para prosseguir a
reflexão.
Pode
ler-se na brochura editada sobre a História do BART 3873 [de autor(es)
desconhecido(s)] que “A sede do BArt 3873, decorridos já 5 meses, não teve
qualquer ataque ou flagelação o que se percebe pelo cordão protector que a
rodeia a dificultar, ou a impedir mesmo, a retirada da força atacante”
[p.70].
Da
interpretação deste parágrafo nasceu em nós uma outra dúvida: será que o
efectivo reduzido a doze unidades, existente no Destacamento da Ponte do Rio
Udunduma, no âmbito da missão de fazer segurança a duas Pontes, era também
parte desse cordão?
Do
ponto de vista do significado/significante, o conceito “Segurança” significa
acto ou efeito de segurar; afastamento de todo o perigo; condição do que está
seguro; garantia; confiança; tranquilidade de espírito por não haver perigo [Dicionário
da Língua Portuguesa. Lisboa: Texto Editora. Abril/2004; p.1339].
Será
que esta era a questão principal da nossa missão?
Importa
salientar, todavia, que nenhum fenómeno sociocultural, no qual se inclui o socio-militar,
é neutral, na justa medida em que não há nenhum sistema totalmente fechado em
si, nem é plenamente autónomo. Isto significa que qualquer que seja o seu
objecto [de estudo] este emerge de um processo construído pela filosofia da
época, a partir do funcionamento sistémico entre todos os elementos que o
constituem, como foi referido anteriormente.
Daí
julgar que se devem aceitar estas pequenas histórias, com a sua independência e
cronologia específica, mais que não seja para se identificarem os contrastes
ocorridos nos mesmos cenários [diferenças/semelhanças], e ainda como legado
particular de um tempo de vida, que foi o meu, em que, felizmente, saí vitorioso
em todos os “contextos”, o mesmo não acontecendo com outros meus semelhantes
que não tiveram, lamentavelmente, direito a “bilhete de volta” [expressão do
camarada Tony Levezinho], aos quais presto, neste espaço, uma sentida
homenagem.
Deste
modo, o porquê e o para quê? continuará a fazer todo o sentido se
antes das decisões a tomar, eles contribuírem para esclarecer as consequências
de cada uma delas, numa dupla dimensão: qualitativa e quantitativa. Como teriam
feito todo o sentido se tivessem sido colocadas a Winston Churchill
(1874-1965), enquanto primeiro-ministro britânico, após o discurso proferido no
âmbito de uma Moção de Confiança ao seu governo, em 13Mai1940, a propósito da
sua visão futurista no conflito militar emergente da 2.ª Guerra Mundial, quando
afirmou: “não dou pré, nem quartéis, nem provisões. Dou fama, sede, marchas
forçadas, batalhas e morte”, plagiando a ideia expressa anteriormente pelo general
italiano Giuseppe Garibaldi (1807-1882).
Curiosamente,
estávamos, então, na época da adolescência dos nossos pais e/ou nos primeiros
anos de vida daqueles que foram os pioneiros da Guerra Ultramarina. Eis como os
factos históricos continuam a ser cruéis para a humanidade.
Daquela
expressão brutal, nasceu uma outra mais reduzida: “Sangue, suor e lágrimas”,
e que, entre tantas apropriações, deu nome ao poema “Fado Sangue, suor e lágrimas”
[P9122-LG] do camarada Manuel V. Moreira, da CArt 1746, nosso antepassado nas
lides da Ponta do Inglês e do Xime - 1967/69, e escrito, segundo creio, em
20Dez1968, no Xime.
Em
suma, com o decorrer dos anos, o Poder [pois é ele que decide sobre estas e
outras matérias] continua a ser cego, surdo [ou faz de conta!]… e é teimoso,
até que o “cordão”… se parte e se desfaz.
Dito
isto, avancemos para o ponto seguinte, apresentando mais algumas imagens
referentes ao enquadramento geográfico onde nasceu o “Destacamento da Ponte…” e
o modo de vida de um Tempo organizado em interface com outros tempos, onde a
natureza de cada tempo influenciava o outro que vinha a seguir.
2. O Contexto do
Destacamento da Ponte do Rio Udunduma
Foto
27 – Estrada Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma] – imagem aérea
dos espaços circunvolventes às duas Pontes: a velha danificada em 28/29Mai1969,
a cima, e a nova construída pela empresa TECNIL e inaugurada no início do ano
de 1972, paralela, a baixo.
O
rectângulo a vermelho corresponde à área onde foram construídas as primeiras
instalações de apoio aos sucessivos contingentes militares para ali enviados,
vulgo abrigos, concebidos a partir de buracos abertos no chão e alinhados entre
si, virados para a mata/o mato.
É
de referir, em nome da verdade, que o camarada Carlos A. Marques e o efectivo do
seu Gr Comb (o 3.º), da CArt 2339, sedeada em Mansambo, e que liderou, foram os
primeiros habitantes daquele território.
A imagem de fundo
é de Humberto Reis [P12626-LG], com a devida vénia.
Foto 28 – Estrada
Xime-Bambadinca [Pontes do Rio Udunduma - 1973] – As duas pontes vistas de
frente e o Rio Udunduma. Bambadinca fica para a esquerda e o Xime para a
direita.
Foto 29 – Estrada
Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma - 1973] – Imagem longitudinal
da estrada nova, à esquerda, e a velha, à direita. Ao fundo fica Bambadinca, a
quatro quilómetros, e à esquerda a estrada termina no Cais do Xime, localizado
a sete quilómetros, em cujo Aquartelamento, à data, esta instalada a CCAÇ 12.
Foto 30 – Estrada
Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma - 1973] – Imagem da
estrutura da nova ponte.
Imagens
[postal] dos contrastes no roteiro triangular: Bambadinca – Xime – Destacamento
da Ponte do Rio Udunduma, entre 1972/1973.
Bambadinca,
sede de Batalhão, era o local identificado do “ar condicionado”, onde tudo
estava muito limpinho e arranjadinho…
O Xime foi o
destino inicial da CART 3494, onde permanecemos treze meses: de finais de
Janeiro/1972 a início de Março/1973 e onde vivemos muitas emoções…
O Destacamento da Ponte foi um tempo e um espaço, e um modo
de vida… pouco/nada digno, mas que acabou por ser superado com alguma
criatividade.
Foto 31 – Estrada
Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma - 1973] – Imagem de um
plano de água do Rio Udunduma, procurando-se identificar potenciais locais de
“armadilhas” e outros de risco efectivo…
Foto 32 – Estrada
Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma - 1973] – População do
Aldeamento A/D de Amedalai que ali se deslocava diariamente para lavar roupa e
fazer a sua higiene pessoal. Ficava a 1 km [+/-], na direcção do Xime.
Estávamos, com
efeito, na Estação das Chuvas… o caudal do rio era, naturalmente, maior.
Foto 33 – Estrada
Xime-Bambadinca [Destacamento da Ponte do Rio Udunduma - 1973] – O mesmo da
legenda anterior, reforçada com a presença do camarada Joaquim Cerqueira, para
compor o enquadramento.
O Cerqueira,
como era conhecido, foi o militar da CART 3494 que nas saídas para o mato, no
Xime, era quase sempre o último a transpor o arame farpado e, naturalmente, o
último a chegar ao Aquartelamento. Por isso, vastas foram as vezes que lhe
dissemos para ter cuidado, pois um dia poderia ser apanhado à mão. Felizmente
que não lhe aconteceu nada. Um abraço para ele.
3. O
Tempo de novas Emoções versus Tensões
O
dia 13 de Setembro de 1973, 5.ª feira, estava a ser semelhante à grande maioria
dos já contabilizados, até então, no Destacamento da Ponte. Porém, deixou de o
ser quando no exterior dos buracos, aos quais se chamavam “abrigos”, o pessoal
se organizava para superar mais uma noite, depois de ter ingerido a terceira
refeição da jornada: o jantar.
O
sol já se tinha escondido no horizonte e a claridade do dia diminuía a cada
minuto. O equipamento que nos auxiliava na visão de proximidade [petromax]
estava a ser preparado. E eis senão quando a nossa atenção mudou de sentido por
efeito de mais um “festival pirotécnico”, pleno de luz e som, que se
apresentava à nossa frente. Rebentamentos e rajadas de kalashnikov, também
conhecidas por “costureirinhas”, entravam pelos nossos ouvidos, provocando um
natural aumento do ritmo cardíaco. Não vinham na nossa direcção [por enquanto!],
mas não estavam muito longe. Quem estaria, naquele momento, a “embrulhar”? Era
a pergunta mais banal naqueles momentos dramáticos.
Como
o som dos rebentamentos tinham níveis diferentes, muito provavelmente
estaríamos perante vários ataques em simultâneo na direcção do Xime. E nós…? O
que fazer naquelas circunstâncias…? Iríamos, também, ser contemplados com uma
visita relâmpago…? Estas e outras interrogações nos surgiram no pensamento… E agora
o que devo fazer… na qualidade de líder [chefe] do Grupo… com apenas doze
elementos.
Lidar
com ele, entre emoções e tensões, aliás como acontece com todos os Humanos que
estão em situações complexas, como foi o nosso caso no CTIG… e como serão
certamente em todas as guerras, independentemente dos lugares.
Sei/sabemos
hoje, no quadro teórico das neurociências, por exemplo, que o conceito emoção
traz à mente uma taxonomia de seis emoções ditas primárias ou universais;
alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa ou aversão. O rótulo emoção também
tem sido aplicado por impulsos e motivações e a estados de dor e prazer.
Como
já tinha estado em situações francamente mais difíceis, como já dei conta nas
narrativas sobre as duas emboscadas na “Ponta Coli” [P148; P152 e P191]
e a do “Naufrágio no Rio Geba”, em 10Ago1972 [P159], ou ainda nas várias
flagelações sofridas pelo colectivo da CART 3494, no Aquartelamento do Xime,
durante os treze meses que aí permanecemos, procurei/procurámos, em função do
quadro que estávamos a observar, manter o melhor autocontrolo possível.
Para
saber algo mais concreto, recorremos ao único instrumento de comunicação aí
existente – um rádio emissor/receptor AVP1 – mas sem sucesso. Ruídos e
interferências… e mais ruídos… e mais interferências… até que desistimos. E os
rebentamentos continuavam ali tão perto ajudando a iluminar a noite… que já o
era.
Largos
minutos depois surgiram, ao longe, as primeiras viaturas militares vindas do
lado de Bambadinca, o que nos permitiu entender o contexto com mais
tranquilidade. Mas, como elas não pararam na Ponte… que “cena” estaria a
acontecer, na medida em que a duração do[s] ataque[s] levava já um tempo
francamente excessivo em relação a situações anteriores?
Por
exclusão de partes, chegámos a conclusão de que o ataque mais próximo de nós
seria no Aldeamento em Auto-Defesa [A/D] de Amedalai, situado a escassos mil
metros [+/-]. O outro, muito provavelmente, seria no Aquartelamento do Xime,
onde estava agora a CCAÇ 12. E bateu certo!
Essa
noite foi, como seria de esperar, passada ao relento e mais uma em “branco” num
cenário de Lua Nova; escura como breu. Porque não abandonámos o nosso contexto,
os relatos acima correspondem, tão só e apenas, ao que sentimos e vivemos
naquela noite. Porém, para completar esta ocorrência histórica, recorremos ao
que se encontra expresso na publicação sobre a História do BART 3873.
Eis
a sua transcrição na íntegra:
“Em
131835SET73 [a hora
não corresponde aos meus registos; seria mais tarde!], o Xime e Amedalai são
flagelados simultaneamente durante 15 e 45 minutos respectivamente, por
numeroso grupo IN. Sobre o 1.º, o inimigo utilizou R.P.G, Morteiro 82 e Canhão
s/Recuo. Sobre o 2.º, R.P.G. e armas automáticas. 1 GrComb da CCS/BART 3873 e 2
viaturas do Pel. Rec. Daimler 8681, acorreram em socorro da A/D de Amedalai,
sofrendo uma emboscada na Estrada Xime/Bambadinca. NT e Pel Mil. 241 (Amedalai)
sem consequências, bem como os civis. Houve apenas a registar o incêndio de
2 moranças daquela A/D.
O
inimigo deu mostras de maior agressividade nas referidas flagelações, ao
prolongar a sua acção contra a A/D por três quartos de hora, sabendo que o
acesso das NT a Amedalai seria facilitado pela estrada asfaltada e proximidade
de Bambadinca e Destacamento da Ponte do Rio Udunduma. As forças IN,
provenientes do Poindon/Ponta do Inglês, vinham reforçadas pelo grupo de
Artilharia do Quinara” [pp
119/120].
Termino
esta terceira narrativa sobre o “Destacamento da Ponte…” dando conta de um
facto omisso na História da Unidade relacionado com a imagem abaixo.
Foto 34 – Estrada
Xime-Bambadinca [Aldeamento A/D de Amedalai a 1 km do Destacamento da Ponte do
Rio Udunduma] – Estado em que ficou uma Daimler na sequência do ataque.
Porque
pertenço à última geração de ex-combatentes que viveu, conviveu e sobreviveu no
contexto do Destacamento da Ponte do Rio Udunduma, tenciono voltar a este tema,
numa próxima oportunidade, dando continuidade ao seu aprofundamento histórico,
divulgando outras peripécias enquadradas por novas imagens.
Estes
meus relatos históricos poderão ser, de facto, os últimos, na medida em que, se
a memória não me atraiçoa, o contingente da CART 3494 ali destacado, foi
substituído, em Fevereiro/74, por um Pelotão de Caçadores Nativos, como, aliás,
acontecera em situações anteriores.
Não
é crível, por isso, saber-se o que, entretanto, aí aconteceu até ao 25 de
Abril.
Obrigado
pela atenção!
Um forte abraço para todos.
Jorge Araújo.
09.Fev/2014.
Vd. postes anteriores da série:
26NOV2013 - P193 - IX - O DESTACAMENTO DA PONTE DO RIO UDUNDUMA (Junto à estrada XIME-BAMBADINCA) [Parte 1]
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