GUINÉ
Jorge
Alves Araújo, ex-Furriel Mil. Op. Esp./RANGER, CART 3494
(Xime-Mansambo,
1972/1974)
DE BAMBADINCA [1972/74]
A TONDELA [2017]
- OU A AMIZADE QUE NÃO
MUDOU EM 45 ANOS -
(O CASO DO CAMARADA
AMÉRICO S. RUSSA, CCS/BART 3873)
1. – INTRODUÇÃO
Sousa de Castro |
De notar que foi a 14 de Junho de 1986, no
Restaurante «O Frangueiro», em Aver-o-Mar, na Póvoa do Varzim, que se realizou o
1.º Almoço/convívio [vidé P207], ainda que nesta reunião se tenha registado uma
reduzida participação. Estávamos, então, no início de uma outra caminhada, ou
seja, a da reorganização dos/das tropas.
Essa caminhada continua... na medida em
que esse projecto/processo ainda não o podemos dar por encerrado. Falta-nos
resolver o problema da localização de outros (alguns) membros espalhados pelo
País, por desconhecimento das suas respectivas residências. Porém, aos poucos e
em cada ano novo ou em cada novo Encontro tem- se verificado, com grande
satisfação colectiva, o reencontro daqueles que até então estavam sem contacto.
Esse superior objectivo continuará a
manter-se, deixando sempre a porta-aberta, também, a quem connosco queira
partilhar um são convívio em que predominam, naturalmente, memórias e
experiências daquele tempo africano dos anos setenta do século passado e que,
na fita do tempo, se encontra já a uma distância de quatro dezenas e meia de
anos… é obra! Estamo-nos a referir a outros camaradas da família do BART 3873.
Embora este ano não tenha tido a
oportunidade de estar (fisicamente) convosco por razões familiares,
profissionais e logísticas, que justifiquei em devido tempo, foi muito bom
saber da presença de novos amigos e camaradas que fizeram questão de participar
pela primeira vez.
De entre eles, destaco a participação do
camarada Américo Silva Santos Russa, ex-furriel Vaguemestre da CCS / BART 3873,
valorando, em primeiro lugar, o conteúdo do seu comentário deixado no blogue no
pós-Encontro e que aqui reproduzimos.
Para além das suas palavras de grande satisfação
e camaradagem é justo, neste contexto, fazer referência a outras três razões
principais que, no seu conjunto, são de agradecimento pessoal (e público) ao
camarada Américo Russa, pois fazem parte da memória colectiva da nossa passagem
pelo CTIG, em particular por Bambadinca, e que são:
1.
– Por se ter esforçado em garantir a
alimentação diária ao(s) grupo(s) da CART 3494 (doze elementos em permanência =
1 furriel; 2 1ºs. Cabos e 9 soldados) durante a sua presença no Destacamento da
Ponte do Rio Udunduma, ocorrida após a transferência da Companhia, do Xime para
Mansambo, verificada em meados de Março de 1973 até ao fim da comissão (Março
de 1974). O serviço incluía as três refeições diárias (pequeno-almoço, almoço e
jantar), sendo o transporte de cada refeição efectuado com recurso ao Jipe do
Comando do Batalhão sediado em Bambadinca [vidé P193 + P197].
2.
–
Por se ter empenhado na organização do meu jantar de aniversário (23º),
realizado na Messe de Sargentos, em Bambadinca, em 10 de Novembro de 1973 [foto
1, ao lado] para o colectivo do grupo de sargentos da CCS do BART 3873 e mais
quatro furriéis da CART 3494: eu (Jorge Araújo), o Cláudio Ferreira, o Luciano
de Jesus e o António Bonito [vidé P192], num total superior a três dezenas.
Naquela
ocasião, cada um dos quatro estava em missão específica: eu a aguardar transporte
para Bissau a fim de realizar ‘RX’ no HM 241 e consequente retirada do gesso do
braço esquerdo, na sequência de ter fracturado o rádio em jogo de futebol
ocorrido em 30 de Setembro de 1973, em Galomaro. O Cláudio Ferreira, por me ter
substituído no comando do «Grupo da Ponte». O Luciano de Jesus, por estar a dar
instrução, em Bambadinca, ao quarto turno de “Milícias”. E o António Bonito,
por estar em serviço do Pel Caç Nat 52 (Mato Cão).
3.
– Por se ter disponibilizado a fazer parte
do Grupo Musical do Batalhão criado com o objectivo de animar algumas noites do
mês de Dezembro de 1973 (entre o Natal e o Ano Novo), que incluíram a
deslocação às duas Unidades sediadas no mato (CART 3494, em Mansambo, e CART
3492, no Xitole) (vidé P235).
Para completar esta narrativa histórica,
resta-me apresentar algumas imagens com as quais se pretende ilustrar cada fase
do texto e, em simultâneo, recordar alguns dos momentos menos tensos, ou mais
descontraídos, da nossa passagem pelo CTIG.
RETROSPECTIVA
FOTOGRÁFICA
Foto 5 – Bambadinca, largo fronteiriço ao Comando do BART 3873 (Nov1973). À esq o Jipe do CMDT [Ten.Cor.Art. Tiago Martins (1919-1992)] utilizado para o transporte |
Foto 7 – Dest. Ponte, Ago1973. Se o
“rancho” era curto, havia a possibilidade de reforçar com mais uma dose de “pato
da bolanha”, que por lá passavam às centenas.
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Foto 8 – Galomaro, 30Set1973. Regresso
a Bambadinca após o jogo de futebol com um grupo de camaradas da CCS do BCAÇ
3872, durante o qual aconteceu a lesão.
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